O estudo objetivou avaliar fatores sociais e de saúde envolvidos no fato de o idoso (60 anos ou mais) sair de casa. Foram entrevistados 5.898 idosos identificados por visita domiciliar, aleatoriamente selecionados em 59 cidades do Rio Grande de Sul, Brasil. A associação entre o desfecho e as variáveis independentes foi analisada de forma múltipla por meio de regressão logística. Fatores favorecedores à saída de idosos de casa: ser do sexo masculino, ser de faixa etária mais jovem, ser casado, ter artrose, realizar atividades específicas com facilidade e ter boa autopercepção de saúde. A presença de cardiopatias foi um fator negativo para sair de casa. Em face da importância da vida social na qualidade de vida e na política de envelhecimento ativo da Organização Mundial da Saúde, é fundamental considerar condições clínicas que permitem aos idosos manterem-se ativos em comunidade. Estudos como este podem auxiliar na adequação das políticas públicas para idosos, principalmente atuando em condições modificáveis, como as clínicas e funcionais.
This study aimed to assess social and clinical factors associated with the fact that older adults (≥ 60 years) go out of their homes. The study interviewed 5,898 older adults identified through home visits, randomly selected in 59 cities in the State of Rio Grande do Sul, Brazil. Multivariate logistic regression was used to assess the association between the outcome and independent variables. Factors associated with going out were being men, younger and married, presence of arthrosis, ease in performing specific activities, and good self-rated health. Heart disease was a negative factor for going out. Given the importance of social activity for quality of life and the World Health Organization policy for active aging, it is extremely important to consider clinical conditions that allow the older adults to remain active in the community. Studies like this can help to adjust public policies for the elderly, especially acting on modifiable clinical and functional conditions.
El estudio tuvo como objetivo evaluar factores (de salud y sociales) involucrados en el hecho de que las personas mayores (60 años o más) salgan de casa. Se encuestaron a 5.898 ancianos, identificados mediante visitas domiciliarias, seleccionados al azar en 59 ciudades del estado de Río Grande do Sul, Brasil. La asociación entre el desenlace y las variables independientes fue analizada mediante regresión logística. Los factores que favorecieron la salida de casa fueron: sexo masculino, edad más joven, estar casado, historia de osteoartritis, facilidad en realizar actividades específicas y buena percepción de salud. La presencia de enfermedades cardiacas fue un factor negativo para salir de casa. Conociendo la importancia de la vida social en la calidad de vida, y en la política de envejecimiento activo propuesta por la Oraganización Mundial de la Salud, es muy importante tener en cuenta las condiciones clínicas que permiten a los ancianos mantenerse activos en la comunidad; estudios como éste pueden ayudar en la adaptación de las políticas públicas para las personas mayores, trabajando principalmente en condiciones cambiantes, tales como la clínica y funcional.