Resumen: La exposición prolongada a material particulado fino (MP2,5) es un factor de riesgo para la mortalidad cardiorrespiratoria. Sin embargo, se sabe poco sobre la distribución de MP2,5 y su impacto sobre la salud de la población que vive en las grandes ciudades de los países de ingresos medianos-bajos (donde la exposición ha aumentado en las últimas décadas). Este estudio ecológico evaluó la asociación entre la concentración de MP2,5 y la mortalidad cardiorrespiratoria en adultos de los sectores censales (SC) intraurbanos de las cinco ciudades más pobladas de Colombia (2015-2019). Estimamos la razón de las tasas de incidencia (RTI; por 5μg/m3), con ajustes de las regresiones binomiales negativas a las tasas de mortalidad bayesiana (TMB) suavizadas para MP2,5 que se estimaron a partir de modelos de regresión del uso de la tierra (RUT), ajustando la estructura demográfica del SC, el índice de pobreza multidimensional y la autocorrelación espacial. La mediana de MP2,5 por SC varió de 8,1μg/m3 en Bucaramanga a 18,7μg/m3 en Medellín. Por otra parte, Bogotá concentró la mayor variabilidad (IIQ = 29,5μg/m3) y mortalidad cardiorrespiratoria (TMB = 2.560 por 100.000). La exposición prolongada a MP2,5 aumentó la mortalidad cardiorrespiratoria en Bucaramanga (RTI = 1,15; IC95%: 1,02; 1,31), la única sin evidencia de agrupamiento espacial, y la mortalidad cardiovascular (RTI = 1,06; IC95%: 1,01; 1,12) y respiratoria (RTI = 1,07; IC95%: 1,02; 1,13) en Medellín. La mortalidad cardiorrespiratoria se agrupó espacialmente en algunas ciudades colombianas y se asoció con la exposición prolongada a MP2,5 en áreas urbanas donde los modelos RUT presentaron una mayor precisión predictiva, lo que destaca la necesidad de incorporar evaluaciones de exposición de alta calidad y alta resolución para comprender mejor el impacto de la contaminación del aire en la salud de la población e informar las intervenciones de salud pública en entornos urbanos.
Resumo: A exposição prolongada a material particulado fino (MP2,5) configura um fator de risco à mortalidade cardiorrespiratória. No entanto, pouco se sabe sobre a distribuição de MP2,5 e seu impacto na saúde em grandes cidades de países de renda média-baixa (em que a exposição da população aumentou nas últimas décadas). Este estudo ecológico avaliou a associação entre a concentração de MP2,5 e mortalidade cardiorrespiratória em adultos no nível do setor censitário (SC) intraurbano das cinco cidades mais populosas da Colômbia (2015-2019). Estimamos as razões das taxas de incidência (RTI; por 5μg/m3), ajustando regressões binomiais negativas às taxas de mortalidade bayesianas suavizadas (TMB) para MP2,5 que foram previstas a partir de modelos de regressão do uso da terra (RUT), ajustando-se à estrutura demográfica do SC, índice de pobreza multidimensional e autocorrelação espacial. A mediana de MP2,5 por SC variou de 8,1μg/m3 em Bucaramanga a 18,7μg/m3 em Medellín. No entanto, Bogotá apresentou a maior variabilidade (IIQ = 29,5μg/m3) e mortalidade cardiorrespiratória (TMB = 2.560 por 100.000). A exposição prolongada a MP2,5 aumentou a mortalidade cardiorrespiratória em Bucaramanga (RTI = 1,15; IC95%: 1,02; 1,31) - a única sem evidência de agrupamento espacial - e mortalidades cardiovascular (RTI = 1,06; IC95%: 1,01; 1,12) e respiratória (RTI = 1,07; IC95%: 1,02; 1,13) em Medellín. A mortalidade cardiorrespiratória agrupou-se espacialmente em algumas cidades colombianas e foi associada à exposição prolongada ao MP2,5 em áreas urbanas onde os modelos RUT tiveram a maior precisão preditiva, destacando a necessidade de incorporar-se avaliações de exposição de alta qualidade e alta resolução para entender melhor o impacto da poluição do ar na saúde e informar as intervenções de saúde pública em ambientes urbanos.
Abstract: Long-term exposure to the fine particulate matter (PM2.5) is a risk factor for cardiorespiratory mortality. However, little is known about its distribution and health impact in large cities in low-middle-income countries where population exposure has increased during the last decades. This ecological study evaluated the association between PM2.5 concentration and adult cardiorespiratory mortality at the intraurban census sector (CS) level of Colombia’s five most populated cities (2015-2019). We estimated incidence rate ratios (IRR; per 5µg/m3) by fitting negative binomial regressions to smoothed Bayesian mortality rates (BMR) on PM2.5 predicted from land use regression (LUR) models, adjusting for CS demographic structure, multidimensional poverty index, and spatial autocorrelation. CS median PM2.5 ranged from 8.1µg/m3 in Bucaramanga to 18.7µg/m3 in Medellín, whereas Bogotá had the highest variability (IQR = 29.5µg/m3) and cardiorespiratory mortality (BMR = 2,560 per 100,000). Long-term exposure to PM2.5 increased cardiorespiratory mortality in Bucaramanga (IRR = 1.15; 95%CI: 1.02; 1.31), without evidence of spatial clustering, and cardiovascular (IRR = 1.06; 95%CI: 1.01; 1.12) and respiratory (IRR = 1.07; 95%CI: 1.02; 1.13) mortality in Medellín. Cardiorespiratory mortality spatially clustered in some Colombian cities and was associated with long-term exposure to PM2.5 in urban areas where the LUR models had the highest predictive accuracy. These findings highlight the need to incorporate high-quality, high-resolution exposure assessments to better understand the health impact of air pollution and inform public health interventions in urban environments.