A perspectiva própria da análise geográfica pode fornecer uma importante contribuição ao debate sobre as formas de avaliar o valor do patrimônio natural existente em cada localidade terrestre. Ao analisar de modo integrado o uso social dos lugares, a geografía económica propicia equacionar a naturalidade do meio em termos históricos, isso é, tal como se apresentam para a sociedade numa dada época (submetidos à mentalidade e aos interesses imperantes). Equacionando o valor em função das técnicas, do poder e da percepção social, é possível adotar uma ótica que não dissocie a valoração do espaço de sua valorização prática, o que permite enfocá-lo enquanto materialidade, mas também como representação já inserida numa legitimação ou proposta de uso. Esse enfoque possibilita contabilizar a apropriação de um lugar em face da base de recursos da natureza que a sociedade identifica como ali presentes, sejam produtos ou condições. A distinção entre recursos naturais e ambientais, trabalhada pela economia do meio ambiente, é resgatada nessa teoría geográfica que fornece urna possibilidade de avaliação contábil sintética do potencial e uso de um dado território, inventariando os materiais e fontes existentes e os usos praticados e seus impactos sobre estoques e condições naturais. Com isso pode-se fornecer um subsídio importante para as políticas de ordenamento territorial e o planejamento ambiental em particular.
La perspectiva particular del análisis geográfico puede ofrecer un aporte considerable al debate sobre las maneras de estimar el valor del patrimonio natural existente en cada localidad terrestre. Al analizar de modo integrado el uso social de los lugares, la geografía económica permite plantear la naturalidad del medio en términos históricos, es decir, cómo se presentan a la sociedad en un momento determinado (subordinados a la mentalidad y a los intereses imperantes). Planteando el valor en función de las técnicas, del poder y de la percepción social, es posible adoptar una óptica que no disocie la valoración del espacio de su valorización práctica, lo que permite enfocarlo como materialidad pero también como representación insertada en una legitimación o propuesta de uso. Este enfoque permite contabilizar la apropiación de un lugar en función de los recursos naturales que la sociedad identifica como estando allí presentes, sean éstos productos o condiciones. La distinción entre recursos naturales y ambientales, trabajada por la economía del medio ambiente, es rescatada en esta teoría geográfica, la cual ofrece una posibilidad de evaluación contable sintética del potencial y del uso de un determinado territorio, inventariando los materiales y fuentes existentes, así como los impactos de su utilización sobre las reservas y condiciones naturales. Esta perspectiva puede contribuir a las políticas de ordenamiento territorial y de planificación ambiental en particular.