OBJETIVO: Analisar a confiabilidade dos diagnósticos registrados nos formulários de autorização de internação hospitalar(AIH). MÉTODO: Foram estudadas 1.595 internações referentes a uma amostra representativa das internações ocorridas nos 8 hospitais gerais do Município de Maringá, PR. Os diagnósticos registrados nos prontuários médicos foram comparados aos registrados nas AIH correspondentes. Foi utilizada a estatística Kappa, com intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: Foram obtidas concordâncias que variaram de k=0,79 (doenças do aparelho geniturinário) a k=0,98 (complicações da gravidez, parto e puerpério) e k=0,79 (fraturas) a k=0,97 (causas obstétricas diretas) para os 5 grupos e agrupamentos da Classificação Internacional de Doenças - 9 (CID9) mais freqüentes, respectivamente. CONCLUSÕES: Alguns fatores como a falta de treinamento para a codificação dos diagnósticos e o sistema de pagamento das internações hospitalares, são apresentados como possíveis razões de discordância. Evidenciou-se a possibilidade de utilização do banco de dados SIH-SUS (Sistema de Internação Hospitalar do Sistema Único de Saúde) para o Município de Maringá, em 1992, com certo grau de confiabilidade segundo grupos de diagnósticos, lembrando que segundo os agrupamentos poderá haver maior variabilidade.
OBJECTIVE: The reliability of the diagnoses given on forms authorizing Hospital Admittance (AIH), financed by the official Health System, was analysed during the period January through December,1992, in Maringá-PR, Brazil. METHOD: A systematic method was used to sample 1,595 medical records of the admittances to 8 general hospitals. The diagnoses registered in the medical records were compared to those registered in the corresponding AIH forms. The level of agreement on the main diagnoses was analysed by using the Kappa test. RESULTS: The results of the study show that the agreement for the five leading chapters of International Classification Disease-9 (ICD-9) has ranged from k=0.79 to k=0.98. The agreement for the five leading groupings of diagnoses has ranged from k=0.79 to k=0.97. CONCLUSION: Some reasons for disagreement, such as miscoding and the hospital reimbursement system are discussed. It is also concluded that it may be possible to use the hospital admittance data of the Official Health System, according to the diagnostic chapters and groupings of the ICD-9, with some degree of confidence.