Abstract We intend to problematize the agroecological “dialogue of knowledge” and survey the conditions of anthropology for such problems. The fundamental argument is that, despite the proposal of non-hierarchical construction of agroecological knowledge (between “scientific” and “non-scientific” knowledge), its epistemological basis does not comprises the complex interactions produced among the agents in question, ambivalently contributing to a hierarchical and asymmetric relationship of power. We suggest that: the idea that agroecology promotes harmonious relations between scientists and farmers simplifies interactions tensioned by the dynamic approximation/estrangement; the conception of culture and cultural diversity implicit in the dialogue of knowledge is based on the dissociation between “thought” and “action”; a “political dynamics of alterity” would better define the agroecological relational scheme; the anthropological conception of translation would contribute to the promotion of a “double extensionality,” not based on the capacity to teach, but rather on the capacity to learn.
Resumo Este artigo pretende problematizar o ‘‘diálogo dos saberes’’ agroecológico e prospectar as condições que a antropologia dispõe para o tratamento dos problemas apresentados. O argumento fundamental é que, apesar da proposta de construção não hierárquica do conhecimento agroecológico (entre saberes ‘‘científicos’’ e ‘‘não científicos’’), sua base epistemológica não dá conta das complexas interações produzidas entre os agentes em questão, contribuindo, de forma ambivalente, para uma relação hierárquica e assimétrica de poder. Sugere-se que: a ideia de que a agroecologia promove relações harmoniosas entre cientistas e agricultores simplifica interações tensionadas pela dinâmica aproximação/estranhamento; a concepção de cultura e diversidade cultural implícita no diálogo de saberes está assentada na dissociação entre ‘‘pensamento’’ e ‘‘ação’’; uma ‘‘dinâmica política da alteridade’’ definiria de forma mais adequada o esquema relacional agroecológico; e, enfim, a concepção antropológica de tradução contribuiria para a promoção de uma ‘‘dupla extensionalidade’’, assentada não na capacidade de ensinar, mas de aprender.
Resumen Este artículo pretende problematizar el diálogo de saberesd agroecológico y prospectar las condiciones de que dispone la antropología para resolver los problemas presentados. El argumento fundamental es que, a pesar de la propuesta de construcción no jerárquica del conocimiento agroecológico (entre saberes científicosc y no científicosn), su base epistemológica no da cuenta de las complejas interacciones producidas entre los agentes en cuestión, contribuyendo, de forma ambivalente, a una relación jerárquica y asimétrica de poder. Se sugiere que: la idea de que la agroecología promueve relaciones armoniosas simplifica las interacciones tensadas por la dinámica aproximación/extrañamiento; la concepción de cultura y diversidad cultural implícita en el diálogo de saberes está asentada en la disociación entre )pensamientop y accióna; una ;dinámica política de la alteridadd definiría mejor el esquema relacional agroecológico; y la concepción antropológica de traducción contribuiría a la promoción de una doble extensionalidadd, asentada no en la capacidad de enseñar, sino de aprender.