Este artigo analisa as mudanças no mundo material da criança com deficiência visual e as formas como ela foi vista e entendida ao longo do tempo por estudiosos, filósofos, educadores e outros comentaristas. Ele descreve e analisa como os encontros táteis, desde o Iluminismo até os dias de hoje foram planejados, dentre outros, por educadores e curadores de museus. O ponto de partida desta análise é a publicação na internet de um blog, em 2011, onde estão postadas imagens organizadas por John Alfred Chalton (Sunderland Museum, Inglaterra), entre os anos de 1913-1926; e segue delineando a origem e o desenvolvimento de ideias em torno do "ver através do tato", tomando o exemplo dos livros e mapas em alto relevo e das máquinas de impressão, como as do sistema Braille no século XIX, aos desenvolvimentos teóricos e pedagógicos que se iniciam no século XX.

This article examines the changing material world of the visually impaired child and the ways in which this has been viewed and understood by scholars, philosophers, educators and other commentators over time. It describes and analyses tactile encounters as they have been planned for by educators, museum curators and others, from the Age of the Enlightenment until the present day. It takes as its starting point a recent blog that appeared online in 2011, which posted images from handling sessions for the visually impaired child, organized by John Alfred Charlton Deas from Sunderland Museum, England, between 1913-1926. It traces the provenance and development of ideas around 'seeing through touch', from the embossed books and maps and the printing machines for systems such as Braille in the nineteenth century to the theoretical and pedagogical developments which began to occur at the start of the twentieth century.