Resumen Para pensar la paternidad en el contexto de la custodia de los hijos, es necesario prestar atención a los aspectos sociales, históricos y culturales de las familias. El objetivo de este estudio fue comprender la comprensión de los hombres sobre la custodia de los hijos y su relación con el sistema judicial. Se realizó una investigación cualitativa con 16 padres, con edades entre 24 y 42 años, agrupados en dos subconjuntos, uno con custodia compartida y otro con custodia materna unilateral, que firmaron un acuerdo de custodia de los hijos en una defensoría pública del estado de Rio Grande do Sul. Se utilizaron como instrumentos de recolección de datos un formulario de caracterización de los participantes y una entrevista semiestructurada. El material fue analizado mediante análisis de contenido temático. Como principales resultados, los participantes de la investigación destacaron que el establecimiento formal del acuerdo de custodia fue considerado una garantía del derecho al ejercicio de la paternidad. También señalaron que el sistema judicial tendría una mirada más sensible hacia las madres con relación al cuidado de sus hijos y su custodia. En cuanto a la custodia de los hijos, los participantes mencionaron elementos significativos como el hecho de que los padres con custodia exclusiva tenían dinámicas familiares cercanas al funcionamiento de la custodia compartida. Finalmente, cabe señalar que la formalización de la custodia compartida no asegura en realidad la división de las responsabilidades parentales, sino que se convierte en un marco normativo para el mantenimiento de los vínculos familiares post-divorcio, especialmente en la relación entre padre e hijos.
Abstract Thinking about fatherhood in child custody requires paying attention to the social, historical, and cultural aspects of families. This study aimed to understand men’s understanding of child custody and their relationship with the judicial system. A qualitative research was carried out with 16 parents who were aged from 24 to 42 years, were grouped into two subsets, one with shared custody and another with unilateral maternal custody, and who signed a child custody agreement at a public defender’s office in the state of Rio Grande do Sul. A participant characterization form and a semi-structured interview were used as data collection instruments. The material was analyzed using thematic content analysis. As main results, participants highlighted considering the formal establishment of the custody agreement as a guarantee of the right to exercise their paternity. They also pointed out that the judicial system would have a more sensitive look at mothers regarding the care of their children and their custody. Regarding child custody, participants brought up significant elements, such as parents with sole custody having family dynamics close to the functioning of shared custody. Finally, the formalization of shared custody fails to actually ensure the division of parental responsibilities but it becomes a regulatory framework to maintain post-divorce family ties, especially in the relationship between fathers and children.
Resumo Para pensar a paternidade no cenário da guarda de filhos, é necessário atentar para aspectos sociais, históricos e culturais das famílias. O objetivo deste estudo foi compreender o entendimento dos homens acerca da guarda de filhos e sua relação com o sistema judiciário. Foi realizada uma pesquisa qualitativa com 16 pais, com idades entre 24 e 42 anos, agrupados em dois subconjuntos, um deles com modalidade de guarda compartilhada e o outro com guarda unilateral materna, que realizaram acordo de guarda de filhos em uma defensoria pública do Estado do Rio Grande do Sul. Como instrumentos de coleta de dados, foram utilizados um formulário de caracterização dos participantes e uma entrevista semidirigida. A análise do material foi feita a partir de análise temática de conteúdo. Como principais resultados, os participantes da pesquisa destacaram o estabelecimento formal do acordo de guarda como uma garantia de direito ao exercício da paternidade. Ainda apontaram que o sistema judiciário teria um olhar mais sensível destinado às mães com relação aos cuidados com os filhos e a guarda destes. Com relação à guarda dos filhos, os participantes trouxeram elementos significativos, como o fato de que pais com guarda unilateral tinham uma dinâmica familiar próxima ao funcionamento da guarda compartilhada. Por fim, salienta-se que a formalização da guarda compartilhada não assegura de fato a divisão das responsabilidades parentais, mas torna-se um marco regulatório para a manutenção dos vínculos familiares pós-divórcio, em especial na relação entre pai e filhos.