ABSTRACT The objective was to evaluate the apparent digestibility coefficient (ADC) of nutrients, diet palatability and fecal characteristics of dogs fed diets containing degreased germ (DG), and a control diet (DC) - both with and without the addition of enzyme complex (amylase, xylanase, betaglucanase and mananase). For the digestibility and fecal characteristics experiment 12 adult dogs were used, distributed in a randomized block design, in a 2 x 2 factorial scheme (diet x enzyme). The second experiment evaluated palatability using the first choice and ingestion ratio (IR) of DC diet vs. 20%gD, using 16 dogs. The palatability test had three consecutive days, totaling 48 repetitions. The diet with inclusion of 20% DG had the lowest ADC values of DM, GE and ME (P <0.05). Inclusion of the enzyme complex improved ADC of DM, GE and ME (P <0.05). No differences in fecal characteristics were observed (P >0.05). Regarding palatability, dogs preferred the 20% DG diet in both first choice and IR (P <0.05). Inclusion of enzymes in diets improves nutrient digestibility and ME, being an additive with potential use in dog food.

RESUMO Objetivou-se avaliar o coeficiente de digestibilidade aparente (CDA) dos nutrientes, a palatabilidade das dietas e as características fecais de cães alimentados com uma dieta controle e uma dieta contendo 20% de gérmen desengordurado (GD), com e sem adição de complexo enzimático (amilase, xilanase, betaglucanase e mananase). Para o experimento de digestibidade e das características fecais, foram utilizados 12 cães adultos, distribuídos em delineamento em blocos ao acaso, em esquema fatorial 2 x 2 (dieta x enzima). O segundo experimento avaliou a palatabilidade, por meio da primeira escolha e da razão de ingestão (RI) da dieta DC vs. 20% de GD, utilizando-se 16 cães. O teste de palatabilidade contou com três dias consecutivos, totalizando 48 repetições. A dieta com inclusão de 20% de GD teve os menores valores de CDA da MS, da EB e da EM (P<0,05). A inclusão do complexo enzimático melhorou o CDA da MS, da EB e da EM (P<0,05). Não foram observadas diferenças nas características fecais (P>0,05). Em relação à palatabilidade, os cães preferiram a dieta 20% de GD, tanto na primeira escolha como na RI (P<0,05). A inclusão de enzimas às dietas melhora a digestibilidade dos nutrientes e da EM, sendo um aditivo com potencial uso na alimentação de cães.

ABSTRACT The objective was to evaluate the effects of cranberry on blood and urinary parameters of dogs (experiment I), digestibility of nutrients (experiment II), palatability of diet (experiment III) and the influence of cranberry on E. coli UPEC-MRHA fimbriae in vitro (experiment IV). For experiment I and II, ten dogs were fed with diets containing 0% or 0.4% cranberry for 30 days. Experiment III compared the diets containing 0% and 0.4% cranberry using 16 adult dogs. There were no statistical differences (P>0.05) in the blood parameters evaluated. Dogs consuming cranberry presented lighter color and appearance of urine, compared to the control group (P<0.05). The diet containing cranberry showed higher digestibility of dry matter, organic matter, ether extract, higher metabolizable energy (P<0.05) and reduced fecal sialic acid concentration (P<0.05) compared to the control diet. There was no influence of cranberry on the formation of fimbriae of E. coli UPEC-MRHA. There was a lower intake ratio of the diet containing cranberry (P<0.05). The inclusion of 0.4% cranberry increases the digestibility of nutrients and influences the color and appearance of urine of dogs. However, it reduces diet palatability and does not alter the adhesion of E. coli UPEC-MRHA in vitro.

RESUMO O objetivo foi avaliar os efeitos do cranberry nos parâmetros sanguíneos e urinários de cães (experimento I), na digestibilidade dos nutrientes (experimento II), na palatabilidade da dieta (experimento III) e a influência do cranberry sobre E. coli UPEC-MRHA fimbriae in vitro (experimento IV). Para os experimentos I e II, 10 cães foram alimentados com dietas contendo 0% ou 0,4% de cranberry por 30 dias. O experimento III comparou as dietas contendo 0% e 0,4% de cranberry usando 16 cães adultos. Não houve diferenças estatísticas (P>0,05) nos parâmetros sanguíneos avaliados. Cães que consumiram cranberry apresentaram cor e aparência mais claras da urina, em comparação com o grupo controle (P<0,05). A dieta contendo cranberry apresentou maior digestibilidade da matéria seca, extrato etéreo, matéria orgânica, maior energia metabolizável (P<0,05) e menor concentração de ácido siálico fecal (P<0,05) comparada à dieta controle. Não houve influência do cranberry na formação de fímbrias de E. coli UPEC-MRHA. Houve uma menor taxa de ingestão da dieta contendo cranberry (P<0,05). A inclusão de 0,4% de cranberry aumenta a digestibilidade dos nutrientes, influencia a cor e a aparência da urina dos cães. No entanto, reduz a palatabilidade da dieta e não altera a adesão de E. coli UPEC-MRHA in vitro.