A partir del relato autobiográfico de la autora, el artículo afirma una concepción de la teoría como un lugar de sanación frente a las heridas del pasado. Desde esta perspectiva y adoptando un punto de vista feminista y negro, el texto realiza una crítica de la manera en que circula y se entiende lo teórico en el campo feminista en desconexión con la práctica, así como de los lugares de la práctica donde se desconoce la teoría. El texto concluye con una apuesta por una teoría feminista que pueda difundirse a mayor cantidad de personas y que colabore en los procesos de sanación del dolor.

From the autobiographical work of the author, the article states that the conception of theory as a place for healing the wounds of the past. From such perspective and adopting a black feminist point of view, the document presents a critique in the ways the feminist field understands and circulates a notion of theory that stands against practice, as well as the places where practice takes place without the recognition of theory. The text concludes with an approach to a feminist theory that builds a mass-based feminist resistance struggleand collaborates with the processes of pain healing.

A partir do relato autobiográfico do autor, o artigo afirma uma concepção de teoria como um lugar de cura contra as feridas da infância. A partir dessa perspectiva e adotando um ponto de vista feminista e negro, o texto faz uma crítica da maneira como circula e é entendido o teórico no campo feminista em desconexão com a prática, bem como dos lugares de prática onde é desconhecida a teoria. O texto conclui apostando por uma teoria feminista que possa ser disseminada para um número maior de pessoas e que contribua nos processos de cura da dor.

Este texto de bell hooks teve um papel central na discussão contemporânea sobre os limites do feminismo para levar em conta as posições sociais e as experiências das mulheres negras. A crítica à visão de que existe um coletivo "mulheres", bastante presente na literatura posterior, é feita por hooks a partir da exclusão das mulheres negras do conhecimento e da política feministas. Ela chama atenção para as relações de opressão e dominação entre mulheres e, nelas, para o silenciamento das mulheres negras. O ponto de vista dessas mulheres, em contraposição a um "nós" baseado na experiência das mulheres brancas e de classe média, é destacado na construção da teoria feminista e de um projeto político feminista radical.

This essay by bell hooks has played a central role in contemporary discussions about the limits of feminism to consider black women's social positions and experiences. The criticism to the understanding that there is a collective subject such as "women", very frequent in later literature, is produced by hooks considering the exclusion of black women from feminist knowledge and politics. She underlines oppression and domination among women and that they prevent black women from speaking. The perspective of those women, as opposed to a "we" based on the experience of white middle class women, becomes central in building feminist theory and a radical feminist political project.

bell hooks relaciona as opressões veiculadas pela apologia ao inglês padrão com os usos das variantes da língua inglesa nos Estados Unidos. A autora discute o lugar da linguagem nas relações de poder, especificamente nas hierarquias raciais, e propõe a ressignificação dos usos lingüísticos para a emancipação dos oprimidos.

bell hooks relates the oppressions, which are caused by the apology to the standard English, to the uses of the varieties from English language in the USA. The author discusses the place of language in the power relations, specifically in the racial hierarchies, and she proposes the resignification of the linguistic uses aiming at the emancipation of the oppressors.