Resumo Corpos e territórios múltiplos vivenciam de diferentes formas impactos, conflitos e injustiças socioambientais. As consequências do padrão de acumulação neoextrativista recai de modo diferenciado sobre as mulheres, em especial não brancas. Esse texto traz narrativas de mulheres plurais, que vivem em diferentes territórios e que experienciam distintos impactos de grandes empreendimentos. Por meio de suas narrativas, buscamos compreender como constituem seus corpos-territórios, como são impactados e como resistem a dominação colonialista, defendem a vida e restituem a saúde. Os impactos analisados atingem os meios e modos de vida das mulheres, cerceiam suas formas de ser, poder e saber nesses territórios, tornam-nas vulnerabilizadas, sujeitas à precarização dos meios e modos de vida, imersas em intoxicações sistêmicas, chegando a situações classificadas como genocídios. Frente a tais ameaças, elas agenciam a resistência coletiva, acionam o que lhes torna subjetividade ativa, descolonizam-se como ser, saber e poder. Assim defendem a vida e restituem a saúde de si mesmas e de seus ambientes. Essas experiências apontam caminhos para o fortalecimento de perspectivas e redes de vigilância popular em saúde. socioambientais brancas plurais empreendimentos corposterritórios, corposterritórios corpos corpos-territórios colonialista ser tornamnas tornam nas vulnerabilizadas sistêmicas genocídios ameaças coletiva ativa descolonizamse descolonizam se ambientes
Abstract Multiple bodies and territories experience impacts, conflicts, and socioenvironmental injustices in different ways. The consequences of the neoextractivist accumulation patterns weigh differently on women, especially non-white women. This text brings narratives of a wide range of women who live in different territories and experience different impacts from major undertakings. Through their narratives, we seek to understand how they constitute their territorial bodies; how they are impacted; and how they resist colonialist domination, defend life, and restore health. These impacts affect women’s means and ways of life, and restrict their ways of being, power, and knowledge in these territories, rendering them vulnerable, subject to the precariousness of life, immersed in systemic intoxication, reaching situations classified as genocide. Faced with such threats, they manage collective resistance; trigger what makes them active subjectivity; and decolonize themselves as beings, knowledge, and power. In this way they defend life and restore their health and that of their environments. These experiences indicate ways to strengthen public health surveillance perspectives and networks. conflicts nonwhite non white undertakings impacted domination womens s being power vulnerable intoxication genocide threats resistance subjectivity beings environments networks