RESUMOIntrodução: No âmbito da atual política de prevenção do HIV/AIDS é necessário reconhecer a importância do preservativo masculino e discutir seus limites. Esse artigo objetivou investigar o uso do preservativo masculino no Brasil e elaborar reflexões críticas sobre o papel do mesmo no novo contexto da prevenção do HIV/AIDS.Métodos:Revisão narrativa sobre o uso do preservativo masculino no Brasil em diferentes grupos populacionais e fatores associados ao uso, por meio de buscas realizadas entre março e abril de 2013, utilizando-se descritores em inglês categorizados na base PubMed. Incluíram-se também documentos provenientes de inquéritos nacionais que orientam a vigilância epidemiológica e comportamental do Ministério da Saúde.Resultados:Incluí-se 40 artigos e 3 relatórios para caracterizar a produção de conhecimentos e outros 11 estudos de intervenção para promoção do uso de preservativos. Observou-se que: 1) apesar do aumento de estudos nacionais, estes apresentam baixa regularidade; 2) há poucos estudos sobre fatores associados ao uso de preservativo entre os grupos nos quais a epidemia se concentra, como homens que fazem sexo com homens (HSH), trabalhadoras sexuais (TS), usuários de drogas (UD) e travestis e transexuais (TT), e concentração entre adolescentes e mulheres; 3) combinação de intervenções mostrou-se mais efetiva do que uma só.Discussão:A reflexão e discussão do uso do preservativo no âmbito das novas tecnologias de prevenção devem não só enfatizar a importância do mesmo, mas também considerar o papel do prazer e do sexo nas intervenções combinadas, além do potencial de redução do risco de infecção por HIV.

ABSTRACTIntroduction:It is known that a single prevention strategy is not enough to control multiple HIV epidemics around the world and in Brazil. However, it is not only necessary to recognize the importance of condoms as part of the policy of HIV/AIDS prevention but also discuss its limits. In this article, we aim to investigate the use of condoms in Brazil, draw critical reflections, and understand how they can once again be highlighted in Brazil's prevention strategy going forward.Methods:A narrative review of literature was conducted using keywords in PubMed. Reports from national surveys that guide the epidemiological and behavioral surveillance of the Brazilian Ministry of Health were also included.Results:A total of 40 articles and 3 reports were included in the review and 11 intervention studies to promote the condom use; the main findings were as follows: 1) Despite the increase in national studies on sexual behavior, little attention is given to the role of condom use; 2) There are few studies examining the factors associated with condom use among key populations such as men who have sex with men (MSM), female sex workers (FSW), drug users (DU), and transvestites and transexuals (TT), while substantial studies focus on adolescents and women; 3) Evidence suggests that a combination of interventions is more effective.Discussion:new prevention technologies must not lose sight of the critical importance of condoms, and efforts to reintroduce them should focus on the role of pleasure in addition to their potential to minimize the risk of HIV.

RESUMO Introdução: No âmbito da atual política de prevenção do HIV/AIDS é necessário reconhecer a importância do preservativo masculino e discutir seus limites. Esse artigo objetivou investigar o uso do preservativo masculino no Brasil e elaborar reflexões críticas sobre o papel do mesmo no novo contexto da prevenção do HIV/AIDS. Métodos: Revisão narrativa sobre o uso do preservativo masculino no Brasil em diferentes grupos populacionais e fatores associados ao uso, por meio de buscas realizadas entre março e abril de 2013, utilizando-se descritores em inglês categorizados na base PubMed. Incluíram-se também documentos provenientes de inquéritos nacionais que orientam a vigilância epidemiológica e comportamental do Ministério da Saúde. Resultados: Incluí-se 40 artigos e 3 relatórios para caracterizar a produção de conhecimentos e outros 11 estudos de intervenção para promoção do uso de preservativos. Observou-se que: 1) apesar do aumento de estudos nacionais, estes apresentam baixa regularidade; 2) há poucos estudos sobre fatores associados ao uso de preservativo entre os grupos nos quais a epidemia se concentra, como homens que fazem sexo com homens (HSH), trabalhadoras sexuais (TS), usuários de drogas (UD) e travestis e transexuais (TT), e concentração entre adolescentes e mulheres; 3) combinação de intervenções mostrou-se mais efetiva do que uma só. Discussão: A reflexão e discussão do uso do preservativo no âmbito das novas tecnologias de prevenção devem não só enfatizar a importância do mesmo, mas também considerar o papel do prazer e do sexo nas intervenções combinadas, além do potencial de redução do risco de infecção por HIV.

ABSTRACT Introduction: It is known that a single prevention strategy is not enough to control multiple HIV epidemics around the world and in Brazil. However, it is not only necessary to recognize the importance of condoms as part of the policy of HIV/AIDS prevention but also discuss its limits. In this article, we aim to investigate the use of condoms in Brazil, draw critical reflections, and understand how they can once again be highlighted in Brazil's prevention strategy going forward. Methods: A narrative review of literature was conducted using keywords in PubMed. Reports from national surveys that guide the epidemiological and behavioral surveillance of the Brazilian Ministry of Health were also included. Results: A total of 40 articles and 3 reports were included in the review and 11 intervention studies to promote the condom use; the main findings were as follows: 1) Despite the increase in national studies on sexual behavior, little attention is given to the role of condom use; 2) There are few studies examining the factors associated with condom use among key populations such as men who have sex with men (MSM), female sex workers (FSW), drug users (DU), and transvestites and transexuals (TT), while substantial studies focus on adolescents and women; 3) Evidence suggests that a combination of interventions is more effective. Discussion: new prevention technologies must not lose sight of the critical importance of condoms, and efforts to reintroduce them should focus on the role of pleasure in addition to their potential to minimize the risk of HIV.

This paper describes the development of a tool that uses human rights concepts and methods to improve relevant laws, regulations and policies related to sexual and reproductive health. This tool aims to improve awareness and understanding of States' human rights obligations. It includes a method for systematically examining the status of vulnerable groups, involving non-health sectors, fostering a genuine process of civil society participation and developing recommendations to address regulatory and policy barriers to sexual and reproductive health with a clear assignment of responsibility. Strong leadership from the ministry of health, with support from the World Health Organization or other international partners, and the serious engagement of all involved in this process can strengthen the links between human rights and sexual and reproductive health, and contribute to national achievement of the highest attainable standard of health.

En este trabajo se describe el desarrollo de un instrumento que utiliza conceptos y métodos del campo de los derechos humanos para introducir mejoras en la legislación, la normativa y las políticas relacionadas con la salud sexual y reproductiva. Dicho instrumento pretende ayudar a comprender mejor las obligaciones de los Estados en materia de derechos humanos y sensibilizar al respecto. Incluye un método que permite, de manera sistemática, estudiar la situación de los grupos vulnerables, implicar a sectores distintos de la salud, promover un proceso de auténtica participación de la sociedad civil y formular recomendaciones para abordar las dificultades con que tropieza la salud sexual y reproductiva en materia de reglamentación y política, con una clara asignación de responsabilidades. Un firme liderazgo del ministerio de salud, con el apoyo de la Organización Mundial de la Salud u otros asociados internacionales, y unido a un serio compromiso por parte de todos cuantos intervienen en este proceso, puede reforzar los vínculos entre los derechos humanos y la salud sexual y reproductiva, y contribuir a hacer realidad a nivel nacional el grado máximo de salud que se pueda lograr.

Le présent article décrit le développement d'un outil faisant appel à des concepts et à des méthodes relevant des droits de l'homme pour améliorer les lois, les réglementations et les politiques pertinentes en rapport avec la santé sexuelle et génésique. Cet outil vise à faire prendre conscience et à améliorer la compréhension des obligations des Etats en matière de droits de l'homme. Il comprend une méthode pour examiner de manière systématique la situation des groupes vulnérables, impliquer des secteurs autres que celui de la santé, promouvoir un processus véritable de participation de la société civile et mettre au point des recommandations en vue d'éliminer les obstacles réglementaires et politiques à la santé sexuelle et génésique, avec une affectation claire des responsabilités. Un rôle moteur fort assumé par le Ministère de la santé avec l'appui de l'Organisation mondiale de la Santé ou d'autres partenaires internationaux ainsi que l'engagement sérieux de tous les participants à ce processus peuvent renforcer les liens entre droits de l'homme et santé sexuelle et génésique et contribuer à l'obtention, au plan national, du niveau de santé le plus élevé possible.

There is general agreement on the need to integrate human rights into health policies and programmes, although there is still reluctance to go beyond rhetorical acknowledgement of their assumed significance. To determine the actual value of human rights for the effectiveness of public health efforts requires clarity about what their incorporation looks like in practice and how to assess their contribution. Despite the pervasive use of indicators in the public health field, indicators that specifically capture human rights concerns are not well developed and those that exist are inconsistently used. Even though "health and human rights indicators" are increasingly being constructed, it is often the case that health indicators are used to draw conclusions about some interaction between human rights and health; or that law and policy or other indicators, traditionally the domain of the human rights community, are used to make conclusions about health outcomes. To capture the added value that human rights bring to health, the differences in the contributions offered by these indicators need to be understood. To determine the value of different measures for advancing programme effectiveness, improving health outcomes and promoting human rights, requires questioning the intended purpose behind the construction of an indicator, who uses it, the kind of indicator it is, the extent to which it provides information about vulnerable populations, as well as how the data are collected and used.

Se reconoce en general que es necesario integrar los derechos humanos en las políticas y los programas de salud, pero hay aún cierta resistencia a ir más allá del reconocimiento retórico de esa necesidad. Si se quiere determinar el impacto real de los derechos humanos en la eficacia de las iniciativas de salud pública, es preciso conocer con claridad cómo se manifiesta en la práctica su incorporación a esos esfuerzos y cómo debe evaluarse su contribución a los mismos. Aunque el uso de indicadores está muy extendido en el campo de la salud pública, los indicadores concebidos para reflejar aspectos de los derechos humanos no están bien desarrollados o se usan de manera incoherente. Si bien se están elaborando cada vez más «indicadores de salud y derechos humanos», ocurre a menudo que los indicadores sanitarios se utilizan para extraer conclusiones sobre algún tipo de interacción entre los derechos humanos y la salud; o que indicadores relacionados con la legislación y las políticas, tradicionalmente empleados por la comunidad de derechos humanos, son utilizados para sacar conclusiones sobre los resultados sanitarios. A fin de calibrar el valor añadido que los derechos humanos suponen para la salud, es preciso entender bien la diferente contribución de esos indicadores. Para determinar el valor de las distintas medidas empleadas en lo que atañe a imprimir eficacia a los programas, mejorar los resultados sanitarios y promover los derechos humanos, hay que preguntarse cuál fue la finalidad perseguida al elaborar el indicador, quiénes lo emplean, qué tipo de indicador es, en qué medida aporta información sobre las poblaciones vulnerables, y de qué manera se recogen y usan los datos.

Il existe un consensus sur la nécessité d'intégrer les droits de l'homme aux politiques et aux programmes sanitaires, malgré une certaine réticence à aller au-delà de la reconnaissance rhétorique de leur importance supposée. Pour déterminer ce qu'apportent réellement les droits de l'homme à l'efficacité des efforts en faveur de la santé publique, il faut avoir une idée claire de la forme que prend leur intégration dans la pratique et des modalités d'évaluation de leur contribution. En dépit de l'usage envahissant des indicateurs dans le domaine de la santé publique, on ne dispose pas encore d'indicateur bien au point qui rende compte spécifiquement des préoccupations liées aux des droits de l'homme et les indicateurs existants ne sont pas utilisés de manière systématique. Si l'on construit de plus en plus d'indicateurs du type « santé et droits de l'homme », il est fréquent que ces indicateurs soient utilisés pour tirer des conclusions sur certaines interactions entre les doits de l'homme et la santé ou que des indicateurs du type « loi et politique » ou autres, relevant traditionnellement du domaine des droits de l'homme, servent à formuler des conclusions sur des résultats sanitaires. Pour rendre compte de la valeur ajoutée que les droits de l'homme apportent à la santé, il faut comprendre les différences entre les contributions représentées par ces indicateurs. Pour déterminer la valeur de différentes mesures de la progression de l'efficacité programmatique, de l'amélioration des résultats sanitaires et de la promotion des droits de l'homme, il faut se poser les questions suivantes: quelle est la finalité visée dans la construction de l'indicateur considéré ? Quels sont ses utilisateurs ? De quelle nature est-il ? Dans quelle mesure fournit-il des informations sur les populations vulnérables ? et comment les données sont-elles recueillies et exploitées ?

We describe the historical development of how maternal and neonatal mortality in the developing world came to be seen as a public-health concern, a human rights concern, and ultimately as both, leading to the development of approaches using human rights concepts and methods to advance maternal and neonatal health. We describe the different contributions of the international community, women's health advocates and human rights activists. We briefly present a recent effort, developed by WHO with the Harvard Program on International Health and Human Rights, that applies a human rights framework to reinforce current efforts to reduce maternal and neonatal mortality.

Se describe aquí el proceso histórico por el que se llegó a considerar que la mortalidad materna y neonatal en el mundo en desarrollo era un problema de salud pública y un factor que limitaba los derechos humanos, así como la manera en que esas dos perspectivas han llevado a idear fórmulas basadas en principios y métodos de los derechos humanos para hacer avanzar la salud de la madre y del recién nacido. Se exponen las diferentes aportaciones de la comunidad internacional, los defensores de la salud de la mujer y los activistas en favor de los derechos humanos, y se presenta sucintamente una iniciativa reciente, puesta en marcha por la OMS y el Programa de Harvard sobre Salud Internacional y Derechos Humanos, que aplica un marco de derechos humanos para reforzar los esfuerzos desplegados en la actualidad con miras a reducir la mortalidad materna y neonatal.

Nous décrivons comment, au cours de l'histoire, on en est venu à considérer la mortalité maternelle et néonatale dans le monde en développement comme un problème de santé publique, puis un comme une question relevant des droits de l'homme et enfin comme l'un et l'autre, ce qui a conduit au développement d'approches utilisant des concepts et des méthodes empruntés aux droits de l'homme pour faire progresser la santé maternelle et néonatale. Nous présentons les différentes contributions de la communauté internationale, des défenseurs de la santé des femmes et des activistes en faveur des droits de la personne humaine. Nous présentons aussi brièvement une initiative récente, développé par l'OMS et le Harvard Program on International Health and Human Rights, qui applique le cadre des droits de l'homme pour renforcer les tentatives actuelles de réduction de la mortalité maternelle et néonatale.

Those concerned with poverty and health have sometimes viewed equity and human rights as abstract concepts with little practical application, and links between health, equity and human rights have not been examined systematically. Examination of the concepts of poverty, equity, and human rights in relation to health and to each other demonstrates that they are closely linked conceptually and operationally and that each provides valuable, unique guidance for health institutions' work. Equity and human rights perspectives can contribute concretely to health institutions' efforts to tackle poverty and health, and focusing on poverty is essential to operationalizing those commitments. Both equity and human rights principles dictate the necessity to strive for equal opportunity for health for groups of people who have suffered marginalization or discrimination. Health institutions can deal with poverty and health within a framework encompassing equity and human rights concerns in five general ways: (1) institutionalizing the systematic and routine application of equity and human rights perspectives to all health sector actions; (2) strengthening and extending the public health functions, other than health care, that create the conditions necessary for health; (3) implementing equitable health care financing, which should help reduce poverty while increasing access for the poor; (4) ensuring that health services respond effectively to the major causes of preventable ill-health among the poor and disadvantaged; and (5) monitoring, advocating and taking action to address the potential health equity and human rights implications of policies in all sectors affecting health, not only the health sector.

Los vínculos entre la salud, la equidad y los derechos humanos no han sido examinados de forma sistemática, y quienes se interesan por la pobreza y la salud han considerado a veces que la equidad y los derechos humanos son conceptos abstractos con escasa aplicación práctica. El análisis de los conceptos de pobreza, equidad y derechos humanos y de las relaciones entre ellos y con la salud demuestra que están estrechamente relacionados desde el punto de vista conceptual y operacional y que cada uno de ellos proporciona valiosas orientaciones singulares para el trabajo de las instituciones sanitarias. Las perspectivas de la equidad y de los derechos humanos pueden contribuir de forma concreta a los esfuerzos de las instituciones sanitarias para abordar la pobreza y la salud, y para operacionalizar estos compromisos es esencial centrarse en la pobreza. Los principios de la equidad y de los derechos humanos determinan la necesidad de luchar por la igualdad de oportunidades de salud para los grupos de personas que han sufrido marginación o discriminación. Hay cinco formas generales en que las instituciones sanitarias pueden abordar el problema de la pobreza y la salud en un marco que integre los temas de la equidad y de los derechos humanos: 1) institucionalizar la aplicación sistemática y rutinaria de las perspectivas de la equidad y de los derechos humanos a todas las acciones del sector de la salud; 2) fortalecer y ampliar las funciones de salud pública distintas de la asistencia sanitaria para crear las condiciones necesarias para la salud; 3) poner en práctica una financiación equitativa de la asistencia sanitaria, lo cual ayudaría a reducir la pobreza e incrementaría el acceso de los pobres; 4) asegurar que los servicios de salud respondan eficazmente a las principales causas de enfermedades prevenibles entre los pobres y los desfavorecidos, y 5) vigilar, sensibilizar y actuar para que se aborden las repercusiones que sobre la equidad y los derechos humanos puedan tener las políticas de todos los sectores que afectan a la salud, y no sólo las del sector de la salud.

Les liens entre la santé, la justice sociale et les droits de l'homme n'ont pas été étudiés de manière systématique, et ceux qui s'intéressent à la pauvreté et à la santé ont parfois considéré la justice sociale et les droits de l'homme comme des concepts abstraits ayant peu d'application pratique. L'examen des concepts de la pauvreté, de la justice sociale et des droits de l'homme, et de leurs liens entre eux et la santé, démontre qu'ils sont étroitement liés en théorie et en pratique et que chacun de ces concepts est une aide précieuse et unique pour le travail des institutions s'occupant de santé. Travailler dans le sens de la justice sociale et des droits de l'homme peut contribuer concrètement à l'action des institutions s'occupant de santé pour lutter contre la pauvreté, et il est indispensable de se concentrer sur la pauvreté pour concrétiser ces engagements. Les principes de justice sociale et des droits de l'homme imposent de lutter pour que les groupes de personnes victimes de marginalisation ou de discrimination aient le même droit à la santé que les autres. Les institutions s'occupant de santé peuvent agir dans un cadre intégrant la justice sociale et les droits de l'homme selon cinq grands axes : 1) institutionaliser l'application systématique et régulière des considérations de justice sociale et de droits de l'homme à toutes les actions du secteur de la santé; 2) renforcer et élargir les fonctions de santé publique, autres que les soins de santé, créant les conditions propices à la santé; 3) instaurer un système de financement équitable des soins de santé, qui devrait contribuer à réduire la pauvreté tout en favorisant l'accès des pauvres à ces soins; 4) veiller à ce que les services de santé répondent efficacement aux principales causes des maladies évitables chez les pauvres et les démunis; et 5) surveiller, promouvoir et prendre les mesures nécessaires pour traiter les répercussions que pourraient avoir les politiques de tous les secteurs concernant la santé, - et non pas seulement celles du secteur de la santé - sur la justice sociale et les droits de l'homme.