Abstract This article analyzes the impacts of the implementation of neoliberal reforms and managerialism devices with private social organizations acting in the management of the public sector on the work process, professional training and subjectivity of community health workers. The study problematizes the principles of productivism, meritocracy and performativity in the ideology of managerialism applied to health. This is a qualitative study with an action-research approach. Individual interviews were carried out with ten community health workers from a family health unit in the municipality of Rio de Janeiro, state of Rio de Janeiro, Brasil. The data was interpreted using the content analysis technique, and the discussion of the results was organized into five categories: Challenges in the neoliberal context; The issue of professional training; Working conditions; Subjectivity in the work context; and Political practices of accommodation and resistance. The results showed the various forms of contestation against neoliberal policies in the organization of work. In the tension and contradictions of everyday work, subjects make and remake themselves, accommodate, adapt or resist, feel pleasure and suffer. The conclusion is that there is a need to strengthen spaces for listening, welcoming and dialogue, promoting critical training for community health workers and strengthening their articulating, educating and mobilizing role.
Resumen Este artículo analiza el impacto de la implementación de las reformas neoliberales y de los dispositivos de gerencialismo con organizaciones sociales privadas que actúan en la gestión del sector público sobre el proceso de trabajo, la formación profesional y la subjetividad de los agentes comunitarios de salud. El estudio problematiza los principios de productivismo, meritocracia y performatividad en la ideología del gerencialismo aplicado a la salud. Se trata de un estudio cualitativo con un enfoque de investigación-acción-participativa. Se realizaron entrevistas individuales a diez agentes comunitarios de salud de una unidad de salud familiar del municipio de Río de Janeiro, estado de Río de Janeiro, Brasil. Los datos se interpretaron mediante la técnica de análisis de contenido, y la discusión de los resultados se organizó en cinco categorías: Desafíos en el contexto neoliberal; La cuestión de la formación profesional; Condiciones de trabajo; Subjetividad en el contexto laboral; y Prácticas políticas de acomodación y resistencia. Los resultados mostraron diversas formas de contestación a las políticas neoliberales en la organización del trabajo. En la tensión y las contradicciones del trabajo cotidiano, las personas se hacen y se rehacen, se acomodan, se adaptan o resisten, sienten placer y sufren. Se concluye la necesidad de fortalecer los espacios de escucha, acogida y diálogo, promoviendo la formación crítica de los agentes comunitarios de salud y fortaleciendo su papel articulador, educador y movilizador.
Resumo Este artigo analisa impactos da implementação de reformas neoliberais e dispositivos de gerencialismo com organizações sociais privadas atuando na gestão do setor público no processo de trabalho, formação profissional e subjetividade de agentes comunitários de saúde. O estudo problematiza os princípios de produtivismo, meritocracia e performatividade na ideologia do gerencialismo aplicados à saúde. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com abordagem da investigação-ação-participativa. Realizaram-se entrevistas individuais com dez agentes comunitários de saúde de uma unidade de saúde da família no município do Rio de Janeiro. Os dados foram interpretados com a técnica da análise de conteúdo, e organizou-se a discussão dos resultados em cinco categorias: Desafios no contexto neoliberal; A questão da formação profissional; Condições de trabalho; Subjetividade no contexto de trabalho; e Práticas políticas de acomodação e resistência. Os resultados mostraram as diversas formas de contestação às políticas neoliberais na organização do trabalho. Na tensão e contradição no cotidiano de trabalho, os sujeitos se fazem e se refazem, acomodam-se, adaptam-se ou resistem, sentem prazer e sofrem. Conclui-se que é preciso reforçar espaços de escuta, acolhimento e diálogo, promovendo uma formação crítica dos agentes comunitários de saúde e fortalecendo seu papel articulador, educador e mobilizador.