O estudo buscou examinar prospectivamente a associação entre diversos comportamentos sedentários e risco de depressão. Incluímos 12.691 indivíduos espanhóis com nível universitário (média de idade: 36,7 anos; DP: 11,5), participantes da coorte Seguimiento Universidad de Navarra (Projeto SUN), inicialmente sem depressão, que foram seguidos por uma mediana de 10,9 anos. Com base nos itens apresentados no questionário da linha de base, foram avaliados os tempos gastos em quatro comportamentos sedentários (horas/dia): total de tempo sentado e tempo assistindo televisão, usando computador e dirigindo. Os participantes eram classificados como casos incidentes de depressão quando relatavam um diagnóstico de depressão feito por médico em pelo menos uma das avaliações de seguimento após os primeiros dois anos de seguimento. Foram usados modelos de regressão Cox para avaliar a relação entre comportamentos sedentários e depressão. Foram identificados 560 casos incidentes de depressão durante o seguimento. Não encontramos associação entre total de tempo sentado, tempo assistindo TV ou dirigindo e risco de depressão. Por outro lado, o uso de computador mostrou associação direta com o risco de desenvolver depressão durante o seguimento (valor de p para tendência = 0,020), no qual os participantes no quartil mais alto de uso de computador (entre 3,64 e 10 horas/semana) tiveram o risco maior de desenvolver depressão (HR = 1,33; IC95%: 1,05-1,70) comparados com aqueles no quartil mais baixo (0 a 0,25 horas/semana), depois de ajustar para potenciais fatores de confusão. O uso prolongado do computador esteve associado de maneira independente com risco aumentado de desenvolver depressão em adultos de meia idade com nível universitário em uma coorte espanhola.
The study aimed to prospectively examine the association between different sedentary behaviors and the risk of depression. We included 12,691 Spanish university graduates (mean age: 36.7 year; SD: 11.5), participants of the Seguimiento Universidad de Navarra cohort (the SUN Project), initially free of depression who were followed-up for a median of 10.9 years. Based on items presented in our baseline questionnaire, time spent in four sedentary behaviors (hours/day) were evaluated: overall sitting time; TV-viewing; computer use; and driving. Participants were classified as incident cases of depression if they reported a physician diagnosis of depression in at least one of the follow-up assessments conducted after the first two years of follow-up. Cox regression models were used to assess the relationship between sedentary behaviors and depression. A total of 560 incident cases of depression were identified during follow-up. We found no significant association between overall sitting time, TV-viewing or driving and risk of depression. On the other hand, computer use was directly associated with the risk of developing depression during the follow-up (p-value for trend = 0.020), with the participants in the highest quartile of computer use (3.64 to 10 hours/week) having a higher risk of developing depression (HR = 1.33; 95%CI: 1.05-1.70) than those in the lowest quartile (0 to 0.25 hours/week) after adjusting for potential confounders. Prolonged use of computer was independently associated with an increased risk of developing depression among young middle-aged adult university graduates from a Spanish cohort.
El objetivo del estudio fue examinar prospectivamente la asociación entre diferentes comportamientos sedentarios y el riesgo de depresión. Incluimos a 12.691 graduados universitarios españoles (media de edad: 36,7 años; SD: 11,5), participantes en la cohorte de Seguimiento Universidad de Navarra (Proyecto SUN), que no sufrieran depresión inicialmente y a quienes se les realizó un seguimiento durante una mediana de 10.9 años. Basados en los ítems presentados en nuestro cuestionario de línea de base, se evaluó el tiempo transcurrido con cuatro comportamientos sedentarios (horas/día): tiempo sentado en general, tiempo viendo TV, usando el ordenador, y conduciendo. Los participantes se clasificaron como casos incidentes de depresión, si informaban de un diagnóstico médico de depresión, emitido por un doctor en al menos una de las evaluaciones de seguimiento llevadas a cabo tras los dos primeros años de seguimiento. Los modelos de regresión Cox se usaron para evaluar la relación entre comportamientos sedentarios y depresión. Se identificaron un total de 560 casos incidentes de depresión durante el seguimiento. No encontramos ninguna asociación significativa entre el tiempo sentado en general, tiempo viendo TV, o conduciendo y el riesgo de depresión. Por otro lado, el uso del ordenador estuvo directamente asociado con el riesgo de desarrollar depresión durante el seguimiento (valor de p para tendencia = 0,020), con los participantes en el cuartil más alto de uso del ordenador (3,64 a 10 horas/semana) teniendo un riesgo más alto de desarrollar depresión (HR = 1,33; IC95%: 1,05-1,70), respecto a quienes estaban en el cuartil más bajo (0 a 0,25 horas/semana) tras realizar un ajuste para potenciales factores de confusión. El uso prolongado del ordenador estuvo independientemente asociado con el mayor riesgo de desarrollar depresión entre adultos jóvenes de mediana edad, graduados universitarios, procedentes de una cohorte española.