Resumen Objetivo Avaliar a associação da adesão à regra de ouro do Guia Alimentar para a População Brasileira com características de saúde entre mulheres adultas segundo as características sociodemográficas. Métodos Trata-se de estudo transversal com 102.057 mulheres entrevistadas pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico nas capitais dos estados e no Distrito Federal entre 2018 e 2021. Variáveis de desfecho incluíram obesidade, hipertensão, diabetes, depressão e autoavaliação negativa de saúde. A adesão à regra de ouro foi obtida por escore (-13 a 12 pontos) que combinou o consumo de alimentos ultraprocessados (negativo) e alimentos in natura e minimamente processados (positivo). Esse escore foi categorizado conforme tercis de consumo, sendo baixa adesão (primeiro tercil), moderada (segundo tercil) e alta adesão (terceiro tercil). Regressão logística foi empregada para calcular a razão de chances (odds ratio, OR) ajustada (por variáveis sociodemográficas) e intervalo de confiança de 95% (IC95%) dos desfechos pela adesão ao guia. Resultados Comparado à baixa adesão, a adesão moderada foi inversamente associada à obesidade (OR0,86 IC95% 0,78; 0,93) e à autoavaliação negativa de saúde (OR 0,72 IC95% 0,62; 0,84). A alta adesão foi inversamente associada à obesidade (OR 0,72; IC95% 0,65; 0,79), à hipertensão (OR 0,85; IC95% 0,78; 0,93), à depressão (OR 0,69; IC95% 0,59; 0,82) e à autoavaliação negativa de saúde (OR 0,55; IC95% 0,45; 0,67). Conclusão: Adesão à regra de ouro do Guia foi inversamente associada a doenças crônicas e autoavaliação negativa de saúde entre mulheres adultas brasileiras.
Abstract Objective To assess association of adherence to the golden rule of the Food Guide for the Brazilian Population with health characteristics among adult women according to sociodemographic characteristics. Methods This is a cross-sectional study with 102,057 women interviewed by the Chronic Disease Risk and Protective Factors Surveillance Telephone Survey System in the Brazilian state capital cities and Federal District between 2018 and 2021. Outcome variables included obesity, hypertension, diabetes, depression and negative self-rated health. Adherence to the golden rule was rated by scores (-13 to +12 points) that combined the consumption of ultra-processed foods (negative) and fresh and minimally processed foods (positive). This score was categorized according to consumption tertiles, with low adherence (first tertile), moderate adherence (second tertile) and high adherence (third tertile). Logistic regression was used to calculate the adjusted odds ratios (OR) (by sociodemographic variables) and 95% confidence intervals (95%CI) of the outcomes in relation to adherence to the Guide. Results Compared to low adherence, moderate adherence was inversely associated with obesity (OR 0.86; 95%CI 0.78; 0.93) and negative self-rated health (OR 0.72; 95%CI 0.62; 0.84). High adherence was inversely associated with obesity (OR 0.72; 95%CI 0.65; 0.79), hypertension (OR 0.85; 95%CI 0.78; 0.93), depression (OR 0.69; 95%CI 0.59; 0.82) and negative self-rated health (OR 0.55; 95%CI 0.45; 0.67). Conclusion Adherence to the Guide’s golden rule was inversely associated with chronic diseases and negative self-rated health among adult Brazilian women.
Resumo Objetivo Avaliar a associação da adesão à regra de ouro do Guia Alimentar para a População Brasileira com características de saúde entre mulheres adultas segundo as características sociodemográficas. Métodos Trata-se de estudo transversal com 102.057 mulheres entrevistadas pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico nas capitais dos estados e no Distrito Federal entre 2018 e 2021. Variáveis de desfecho incluíram obesidade, hipertensão, diabetes, depressão e autoavaliação negativa de saúde. A adesão à regra de ouro foi obtida por escore (-13 a 12 pontos) que combinou o consumo de alimentos ultraprocessados (negativo) e alimentos in natura e minimamente processados (positivo). Esse escore foi categorizado conforme tercis de consumo, sendo baixa adesão (primeiro tercil), moderada (segundo tercil) e alta adesão (terceiro tercil). Regressão logística foi empregada para calcular a razão de chances (odds ratio, OR) ajustada (por variáveis sociodemográficas) e intervalo de confiança de 95% (IC95%) dos desfechos pela adesão ao guia. Resultados Comparado à baixa adesão, a adesão moderada foi inversamente associada à obesidade (OR 0,86 IC95% 0,78; 0,93) e à autoavaliação negativa de saúde (OR 0,72; IC95% 0,62; 0,84). A alta adesão foi inversamente associada à obesidade (OR 0,72; IC95% 0,65; 0,79), à hipertensão (OR 0,85; IC95% 0,78; 0,93), à depressão (OR 0,69; IC95% 0,59; 0,82) e à autoavaliação negativa de saúde (OR 0,55; IC95% 0,45; 0,67). Conclusão Adesão à regra de ouro do Guia foi inversamente associada a doenças crônicas e autoavaliação negativa de saúde entre mulheres adultas brasileiras.