ABSTRACT Objective: The objective of the present study is to describe the sociodemographic and behavioral characteristics of a group of transgender women and travestis (TGW) with a history of incarceration and the institutional and social context of this experience in Brazil. Methods: The analyzed data were derived from the TransOdara Study, a cross-sectional study conducted in five Brazilian capitals from December 2019 to July 2021. Participants were recruited using the Respondent-Driven Sampling (RDS) technique, in which, after an initial formative and exploratory stage, the first participants were identified; in turn, these participants recruited up to six other transgender women and travestis for the research. The study’s outcome was the experience of incarceration throughout life, captured through the question: “Have you ever been arrested in your life?” Results: A total of 1,245 TGW were interviewed, of which 20.3% (n=253) experienced incarceration. Incarceration was more frequent among those aged 33 to 42 years (35.6%), with lower level of education (45.5%, p<0.001), engaged in informal work (30.3%), without a partner (67.2%), and among those who reported illicit drug use (66.4%). The majority (60.9%) of TGW were incarcerated with cisgender men, and the most common reasons for imprisonment were drug trafficking (30.4%) followed by robbery (29.2%). Over a quarter of the interviewees (26.3%) experienced assault, and 13.8% reported experiencing sexual violence during incarceration. Conclusion: The results emphasize the high prevalence of incarceration among TGW. This incarceration takes place in male wards and in a context of high rates of physical and sexual violence. Objective (TGW Brazil Methods Study crosssectional cross sectional 201 2021 RespondentDriven Respondent Driven RDS (RDS technique stage identified turn research studys s life question Have life? Results 1245 1 245 1,24 interviewed 203 20 3 20.3 n=253 n253 n 253 (n=253 4 35.6%, 356 35.6% , 35 6 (35.6%) 45.5%, 455 45 5 (45.5% p<0.001, p0001 p p<0.001 0 001 p<0.001) 30.3%, 303 30.3% 30 (30.3%) 67.2%, 672 67.2% 67 2 (67.2%) 66.4%. 664 66.4% . 66 (66.4%) 60.9% 609 60 9 (60.9% men 30.4% 304 (30.4% 29.2%. 292 29.2% 29 (29.2%) 26.3% 263 26 (26.3% assault 138 13 8 13.8 Conclusion 202 124 24 1,2 20. n=25 n25 25 (n=25 35.6 (35.6% 45.5% (45.5 p000 p<0.00 00 30.3 (30.3% 67.2 (67.2% 66.4 (66.4% 60.9 (60.9 30.4 (30.4 29.2 (29.2% 26.3 (26.3 13. 12 1, n=2 n2 (n=2 35. (35.6 45.5 (45. p00 p<0.0 30. (30.3 67. (67.2 66. (66.4 60. (60. (30. 29. (29.2 26. (26. n= (n= (35. 45. (45 p0 p<0. (67. (66. (60 (30 (29. (26 (n (35 (4 p<0 (67 (66 (6 (3 (29 (2 ( p<
RESUMO Objetivo: O objetivo do presente estudo é descrever as características sociodemográficas e comportamentais de um grupo de mulheres trans e travestis (MTT) com histórico de encarceramento e o contexto institucional e social desta experiência no Brasil. Métodos: Os dados são provenientes do Estudo TransOdara, de delineamento transversal, realizado em 5 capitais brasileiras no período de dezembro de 2019 a julho de 2021. As participantes foram recrutadas pela técnica Respondent-Driven Sampling (RDS), onde, após uma etapa inicial formativa e exploratória, as primeiras participantes foram identificadas; elas, por sua vez, recrutavam até outras seis mulheres trans e travestis para a pesquisa. O desfecho do estudo foi a experiência de encarceramento durante a vida apreendido através da pergunta: “Você alguma vez na vida já foi presa?”. Resultados: Um total de 1.245 MTT foram entrevistadas. Destas, 20,3% (n=253) experienciaram o cárcere. O encarceramento foi mais frequente entre as entrevistadas de 33 a 42 anos (35,6%), com menor escolaridade (45,5%), em situação de trabalho informal (30,3%) e entre aquelas que reportaram uso de drogas ilícitas (66,4%). A maioria (60,9%) das MTT ficou presa com homens cisgênero, e o motivo da prisão mais frequente foi o tráfico de drogas (30,4%), seguido de roubo (29,2%). Mais de um quarto das entrevistadas (26,3%) sofreu agressão, e 13,8% relataram ter sofrido violência sexual durante o encarceramento. Conclusão: Os resultados destacam a elevada prevalência de encarceramento entre MTT. Este encarceramento se dá em alas masculinas e em um contexto de altas taxas de violência física e sexual. Objetivo (MTT Brasil Métodos TransOdara transversal 201 2021 RespondentDriven Respondent Driven RDS, RDS , (RDS) onde exploratória identificadas elas pesquisa pergunta Você presa. . presa?” Resultados 1245 1 245 1.24 Destas 203 20 3 20,3 n=253 n253 n 253 (n=253 cárcere 4 35,6%, 356 35,6% 35 6 (35,6%) 45,5%, 455 45,5% 45 (45,5%) 30,3% 303 30 (30,3% 66,4%. 664 66,4% 66 (66,4%) 60,9% 609 60 9 (60,9% cisgênero 30,4%, 304 30,4% (30,4%) 29,2%. 292 29,2% 29 2 (29,2%) 26,3% 263 26 (26,3% agressão 138 13 8 13,8 Conclusão 202 (RDS presa? 124 24 1.2 20, n=25 n25 25 (n=25 35,6 (35,6% 45,5 (45,5% 30,3 (30,3 66,4 (66,4% 60,9 (60,9 30,4 (30,4% 29,2 (29,2% 26,3 (26,3 13, 12 1. n=2 n2 (n=2 35, (35,6 45, (45,5 30, (30, 66, (66,4 60, (60, (30,4 29, (29,2 26, (26, n= (n= (35, (45, (30 (66, (60 (29, (26 (n (35 (45 (3 (66 (6 (29 (2 (4 (