Abstract Health literacy, the ability to obtain and comprehend health knowledge, is essential to promote health and reduce disparities. Health communication aims to improve health by ensuring an effective understanding and application of health information. Despite current challenges, there are many opportunities for improving communication in the health literacy practice. Promoting communication in health literacy is essential in empowering individuals, improving outcomes, and reducing healthcare disparities. Effective communication enables access, comprehension, and informed decision-making of individuals and communities regarding their health, strengthening their central role in promoting health literacy. This paper highlights the challenges and opportunities in today’s world, especially in a post-pandemic era, dominated by infodemic and social media influencers, while providing solutions, encompassing professional training of health professionals on communication, digital skills, and an overarching strategy across health institutions. Translating knowledge into health-promoting behaviors and well-being can only be effective by accounting for communication in health literacy.

Resumo A literacia em saúde, a capacidade de obter e compreender conhecimentos sobre saúde, é essencial para promover a saúde e reduzir as disparidades. A comunicação em saúde tem por objetivo melhorar a saúde, assegurando uma compreensão e aplicação eficazes da informação sobre saúde. Apesar dos desafios atuais, existem muitas oportunidades para melhorar a comunicação na prática da literacia em saúde. A promoção da comunicação na literacia em saúde é essencial para capacitar os indivíduos, melhorar os resultados e reduzir as disparidades nos cuidados de saúde. Uma comunicação eficaz permite o acesso, a compreensão e a tomada de decisões informadas dos indivíduos e das comunidades relativamente à sua saúde, reforçando o seu papel central na promoção da literacia em saúde. Este artigo destaca os desafios e as oportunidades no mundo atual, especialmente numa era pós-pandémica, dominada pela infodemia e pelos influenciadores nas redes sociais, ao mesmo tempo que apresenta soluções, incluindo a formação profissional dos profissionais de saúde em comunicação e competências digitais, e uma estratégia global para as instituições de saúde. A tradução do conhecimento em comportamentos promotores da saúde e do bem-estar só pode ser eficaz se a comunicação for tida em conta na literacia em saúde.

Abstract Health literacy (HL) is today an important tool in health promotion and disease prevention. This exploratory and correlational study aims to: characterize Higher Education (HE) students in terms of their HL and digital HS (e-HL) levels; explore their relationships with the use of social networks and health behaviors; and explore possible predictors of HL and e-HL. The study included 125 students from different courses, who responded to self-report instruments (e.g., Health Literacy Survey 16; eHealth Literacy Scale). The results showed HL levels in general above those found in the Portuguese population, but below the HL levels in the age groups in which HE students belong. Of the total number of participants, 42.9% have inadequate or problematic values, which constitutes a strategic opportunity for the promotion of HL in the context of HE. The mother's level of education and the fact that the student suffers from a chronic disease proved to be significant predictors of e-HL. Digital technologies can be used as an adequate means of promoting the health of HE students, and it is essential to identify other predictors of HL and e-HL.

Resumo A literacia em saúde (LS) é hoje uma importante ferramenta na promoção da saúde e prevenção da doença. O presente estudo, exploratório e correlacional, tem como objetivos: caracterizar os estudantes do ensino superior (ES) relativamente aos seus níveis de LS e de LS digital (e-LS); explorar suas relações com a utilização de redes sociais e comportamentos de saúde; explorar possíveis preditores de LS e e-LS. Participaram no estudo 125 estudantes de diversos cursos, que responderam a instrumentos de autorrelato. Os resultados mostraram níveis de LS em geral acima dos encontrados na população portuguesa, mas abaixo dos níveis de LS nas faixas etárias em que se inserem esses estudantes. Do total de participantes, 42,9% apresentam valores inadequados ou problemáticos, o que constitui uma oportunidade estratégica para a promoção da LS no contexto do ES. O nível de escolaridade da mãe e o próprio sofrer de uma doença crônica revelaram-se preditores significativos da e-LS. As tecnologias digitais podem ser utilizadas como um adequado meio de promoção da saúde dos estudantes do ES, sendo fundamental a identificação de outros preditores de LS e e-LS. As universidades devem incluir a LS nos seus currículos, num conceito alargado de promoção da saúde no ES.