Resumo O artigo investigou concepções de deficiência de 30 profissionais em formação ou em exercício, de 14 profissões da saúde, por meio de entrevistas individuais. Foram elaboradas, por um comitê de especialistas, 34 afirmativas representativas de perspectivas religiosa/moral, médica, social e afirmativa da deficiência. Os entrevistados justificaram seu posicionamento diante de cada afirmativa, revelando a coexistência de compreensões referentes tanto às perspectivas médicas quanto sociais da deficiência. Foi frequente o argumento de que impedimentos corporais são determinantes de desigualdades sociais e que práticas de saúde devem buscar a normalização do indivíduo, e também apontada a necessidade de mudança social para remoção de barreiras, inclusão e garantia de direitos. Emergiram, em poucas justificativas, críticas a ideologias individualizantes e processos sociais produtores de desigualdade. Foram frequentes as interpretações morais e/ou religiosas. A compreensão da deficiência como fenômeno complexo e multidimensional permanece limitada, revelando a necessidade de atenção à formação profissional.
Resumen Este artículo investigó las concepciones sobre discapacidad de 30 profesionales en formación o en ejercicio, de 14 profesiones de la salud, a través de entrevistas individuales. Un comité de expertos preparó 34 declaraciones que representaban perspectivas religiosas/morales, médicas, sociales y afirmativas de la discapacidad. Los entrevistados justificaron su posición en relación a cada afirmación, revelando la coexistencia de interpretaciones que se refieren tanto a la perspectiva médica como a la social de la discapacidad. Hubo a menudo un argumento de que las deficiencias corporales son determinantes de las desigualdades sociales y que las prácticas de salud deberían buscar normalizar al individuo, y también se destacó la necesidad de un cambio social para eliminar barreras, incluir y garantizar derechos. En algunas justificaciones surgieron críticas a ideologías individualizadoras y procesos sociales que producen desigualdad. Las interpretaciones morales y/o religiosas fueron frecuentes. La comprensión de la discapacidad como fenómeno complejo y multidimensional sigue siendo limitada, lo que revela la necesidad de prestar atención a la formación profesional.
Abstract This study aimed to examine the conceptions of disability among 30 professionals in training or practice, representing 14 distinct health professions, through individual interviews. A committee of experts developed thirty-four representative statements encompassing religious-moral, medical, social, and affirmative perspectives on disability. The participants provided justifications for their positions on each statement, unveiling a coexistence of understandings that encompassed both medical and social perspectives on disability. A recurring argument emphasized bodily impairments as the origin of social inequalities, advocating for health practices that aim to normalize individuals. Simultaneously, the need for societal transformation to dismantle barriers, foster inclusion, and ensure rights was also acknowledged. Some justifications critically addressed ideologies that individualize disability and social processes that contribute to inequality. Moral and/or religious interpretations were frequently used by the participants. However, the study highlighted the limited comprehension of disability as a complex and multidimensional phenomenon, indicating a pressing need for enhanced attention to professional training in this area.