Abstract The objective of this study was to analyze the lack of access to health services in the context of the COVID-19 pandemic by women, intersecting skin color, income, and schooling. This is a population-based cross-sectional study with 1,107 women aged 18 years or older living in Vitória/ES. The study had as its dependent variable the lack of access to medical consultations and as independent variables skin color, income, education, age, health insurance and jeopardy index. The bivariate analyses were performed using the chi-square test and the adjusted analyses were performed using Poisson regression with robust variance, adopting a significance level of 5%. The prevalence of lack of access was 6.6%, being higher among adult women, non-white, lowest income, without health insurance. The analysis according to the jeopardy index showed that non-white women, with lower income and worse education had an 11 times higher prevalence of lack of access when compared to the most privileged. The stratified analysis showed that in the group of non-white women, those with lower income had a higher prevalence of lack of access (12.5%; 95%CI 7.8-19.5).
Resumo O objetivo deste estudo foi analisar a falta de acesso aos serviços de saúde no contexto da pandemia de COVID-19 por mulheres, interseccionando cor da pele, renda e escolaridade. Trata-se de um estudo transversal de base populacional, com 1.107 mulheres com 18 anos ou mais de idade residentes em Vitória-ES. O estudo teve como variável dependente a falta de acesso à consulta médica e como varáveis independentes cor da pele, renda, escolaridade, idade, posse de plano de saúde e jeopardy index. As análises bivariadas foram feitas por meio do teste qui-quadrado, e as ajustadas, utilizando-se regressão de Poisson com variância robusta, adotando-se um nível de significância de 5%. A prevalência da falta de acesso foi 6,6%, sendo maior entre mulheres adultas, não brancas, de nível mais baixo de renda, sem plano de saúde. A análise segundo o jeopardy index mostrou que mulheres não brancas, com pior renda e pior escolaridade apresentaram prevalência 11 vezes maior para a falta de acesso quando comparadas às mais privilegiadas. A análise estratificada mostrou que, no grupo de mulheres não brancas, aquelas de menor renda apresentaram maior prevalência de falta de acesso (12,5%; IC95% 7,8-19,5).
Resumen Este estudio tuvo como objetivo analizar la falta de acceso a los servicios de salud en el contexto de la pandemia de COVID-19 por parte de las mujeres, intersectando el color de piel, los ingresos y la educación. Se trata de un estudio transversal de base poblacional con 1.107 mujeres de 18 años o más residentes en Vitória/ES. El estudio tuvo como variable dependiente la falta de acceso a consulta médica y como variables independientes el color de piel, ingresos, educación, edad, posesión de seguro de salud e índice de riesgo. Se realizaron análisis bivariados mediante la prueba de chi-cuadrado y ajustados mediante regresión de Poisson con varianza robusta, adoptando un nivel de significancia del 5%. La prevalencia de falta de acceso fue de 6,6%, siendo mayor entre mujeres adultas, no blancas, con niveles de ingresos más bajos y sin seguro de salud. El análisis según el índice jeopardy mostró que las mujeres no blancas, con menores ingresos y menores niveles de educación, tenían una prevalencia 11 veces mayor de falta de acceso en comparación con las más privilegiadas. El análisis estratificado mostró que en el grupo de mujeres no blancas, aquellas con menores ingresos presentaron una mayor prevalencia de falta de acceso (12,5%; IC95% 7,8-19,5).