Digital work platforms are a reality that affects several workers. This group of people starts to develop their activities with their own means of work and, often, without the most basic labor rights. Teachers are already facing this reality of flexible and precarious work. Currently, it is already possible to hire professors through digital platforms, one of the characteristics of what has become uberized work. In this context, the objective of this essay is to analyze the repercussions on the new forms of teaching work arising from digital platforms. The research was developed through the qualitative method, conducting an exploratory bibliographic research. Among the findings of the investigation is the fact that the remuneration is established only for the activities perform during the class period, disregarding all the previous preparation and subsequent developments. Teachers are transformed into content-mad, even though they know that the teacher's work goes beyond this understanding. The submission to this reality is due to the intention of improving family income, or even due to the lack of vacancies in the teaching labor market. The result is the removal of financial protection, health and social security, which directly affects the teaching work and the lives of such professionals in a negative way. In summary, the uberization of teaching makes the work of teachers even more precarious, reverberating in the scope of his life beyond school.

Las plataformas de trabajo digitales son una realidad que afecta a varios trabajadores. Este grupo de personas realiza sus actividades con sus propios medios de trabajo y, muchas veces, sin los derechos laborales más básicos. Los maestros enfrentan esta realidad de trabajo flexible y precario. Actualmente, es posible contratar profesores a través de plataformas digitales, una de las características de lo que llegó a constituirse como el trabajo uberized. En este contexto, el objetivo de este ensayo es analizar las repercusiones en las nuevas formas de trabajo docente que surgen de las plataformas digitales. La investigación se desarrolló a través del método cualitativo, siendo realizada mediante una investigación bibliográfica de carácter exploratorio. Entre las conclusiones de la investigación se encuentra el hecho de que la remuneración se establece únicamente por las actividades realizadas durante el período de clases, se ignoran todos los preparativos previos y los desarrollos posteriores. Los profesores se transforman en contentos, en detrimento de que su trabajo va mucho más allá de esta comprensión. La sumisión a esta realidad se debe al objetivo de mejorar los ingresos familiares, o incluso la falta de vacantes en el mercado laboral docente. El resultado es la supresión de la protección económica, sanitaria y de la seguridad social, lo que incide directamente en la labor docente y en la vida de dichos profesionales de forma negativa. En definitiva, la uberización de la docencia acaba haciendo aún más precario el trabajo del profesorado, repercutiendo en su vida más allá de la escuela.

As plataformas de trabalho digital são uma realidade que afeta diversos trabalhadores e trabalhadoras. Este grupo de pessoas passa a desenvolver suas atividades com meios de trabalho próprios e, não raras vezes, sem os mais basilares direitos trabalhistas. Professores e professoras já estão enfrentando esta realidade de flexibilização e precarização do trabalho. Atualmente, já é possível contratar docentes por intermédio de plataformas digitais, uma das características do que veio a se constituir como trabalho uberizado. Partindo deste contexto, o objetivo deste artigo é analisar as repercussões sobre as novas formas do trabalho docente advindas das plataformas digitais. Assim, a pesquisa foi desenvolvida através do método qualitativo, sendo realizada uma pesquisa bibliográfica de natureza exploratória. Entre os achados da investigação está o fato de que a remuneração é estabelecida somente pelas atividades realizadas no período de aula, sendo desconsiderada toda a preparação anterior e desdobramentos seguintes. As professoras e professores são transformados em conteudistas, em detrimento do fato de seu trabalho ir muito além desta compreensão. A submissão a esta realidade deve-se ao intuito de melhorar a renda familiar, ou mesmo por conta da falta de vagas no mercado de trabalho docente. O resultado observado é a destituição da proteção financeira, da saúde e da seguridade social, o que implica diretamente no trabalho docente e na vida de tais profissionais de forma negativa. Em suma, a uberização da docência acaba por precarizar ainda mais o trabalho dos professores e das professoras, repercutindo no âmbito da sua vida para além da escola.

Este artículo discute, a partir de la perspectiva interaccionista de la Teoría de las Representaciones Sociales, el rol de la dialogicidad en la construcción de una Psicología Social crítica y emancipadora. Establecemos, para esto, conexiones entre la Teoría de las Representaciones Sociales, elaborada inicialmente por Serge Moscovici, y la Pedagogía de la Liberación, de Paulo Freire. En líneas generales, se puede resaltar que la dialogicidad, en ambas teorías, es comprendida como una condición existencial del ser humano que atraviesa el ámbito ontológico, epistemológico y ético del hacer humano. Tal categoría no niega la tensión y el conflicto de las relaciones humanas; al contrario, comprende que es a través de ella que se pueden articular estrategias dialógicas de cambio social.

This article discusses the role of dialogicity in the construction of a critical and emancipatory Social Psychology from an interactionist or genetic perspective of the Social Representations Theory. For this purpose we establish connections between the Social Representations Theory of Serge Moscovici and the Pedagogy of Liberation of Paulo Freire. In general both theories consider dialogicity an existential condition of human beings, i.e., one that permeates the ontological, epistemological and ethical fields of human praxis. Said category does not deny the tension and conflict of human relations; on the contrary, it comprehends that these characteristics are what make it possible to articulate dialogical strategies for social change.

Este artigo discute, a partir da perspectiva interacionista da Teoria das Representações Sociais, o papel da dialogicidade na construção de uma Psicologia Social crítica e emancipadora. Para isso, estabelecemos conexões entre a Teoria das Representações Sociais, elaborada inicialmente por Serge Moscovici, e a Pedagogia da Libertação, de Paulo Freire. Em linhas gerais, pode-se ressaltar que a dialogicidade, em ambas as teorias, é compreendida como uma condição existencial do ser humano que atravessa o âmbito ontológico, epistemológico e ético do fazer humano. Essa categoria não nega a tensão e o conflito das relações humanas; pelo contrário, compreende que é por meio dela que se podem articular estratégias dialógicas de mudança social.

Neste trabalho investiga-se como a ideologia neoliberal pode influenciar a formação do pensamento social contemporâneo no que se refere à estrutura socioeconômica brasileira. Para tanto, procura-se refletir criticamente sobre algumas proposições que estão presentes na vida cotidiana e incorporadas em nossa linguagem, tais como o conceito de pobreza, a sobrevaloração da prática do voluntariado, o mercado em torno do sofrimento humano com a ampliação do Terceiro Setor, entre outras. Embora, nas últimas décadas, o campo de estudo e de intervenção sobre a pobreza e os seus impactos tenha sido ampliado pelo Estado e pela sociedade civil, a hipótese defendida neste artigo é a de que muitos desses discursos, aparentemente a favor da redução da desigualdade social, tendem a legitimar a manutenção da pouca mobilidade social e, consequentemente, a aceitação e naturalização da pobreza no cotidiano.

This paper investigates how the neoliberal ideology can influence the formation of contemporary social thought with regard to the socio-economic structure of Brazil. To this end, we seek to reflect critically on some propositions present in everyday life and incorporated into our language, such as the concept of poverty, the overevaluation of the practice of voluntary work, the market around the human suffering with the expansion of the Third Sector, among others. Although in recent decades the field of study and intervention on poverty and its impact has been magnified by the state and civil society, the hypothesis put forward here is that many of these discourses, apparently in favor of reducing social inequality, tend to legitimize the maintenance of low social mobility and, consequently, the acceptance and naturalization of poverty in everyday life.