Abstract Objective: to describe the prevalence of activities leading to nervousness and analyze the factors associated with this condition in Brazilian workers. Methods: cross-sectional study using data from the National Health Survey (PNS) - 2013. The dependent variable was involvement in activities leading to nervousness, and the independent variables included sociodemographic, occupational, and health-related characteristics. We calculated the Poisson regression with robust variance. Results: 36,442 workers participated in this study, 53.4% male. The prevalence of activities leading to nervousness at work was 33.8% (95% of Confidence Interval [95%CI]: 33.2; 34.2). In the adjusted analysis, black (Prevalence Ratio [PR]: 0.84; 95%CI: 0.77;0.92) and mixed race (PR: 0.86; 95%CI: 0.82;0.91) individuals, aged over 60 years (PR: 0.74; 95% CI: 0.64;0.85), and those working in open environments (PR: 0.82; 95%CI: 0.77;0.87) were significantly associated with a lower prevalence of activities leading to nervousness. Noise (PR: 1.96; 95%CI: 1.86;2.06), radioactive materials (PR: 1.28; 95% CI: 1.16;1.41), night work (PR: 1.31; 95%CI: 1.24;1.38), age 30 to 39 years (PR: 1.10; 95%CI: 1.03;1.17), and depression (PR: 1.36; 95%CI: 1.26;1.47) were associated with a higher probability of the outcome. Conclusion: sociodemographic, environmental, and health-related characteristics are associated with activities leading to nervousness in Brazilian workers.
Resumo Objetivos: descrever a prevalência de atividades que levam ao nervosismo e analisar os fatores associados a essa condição em trabalhadores brasileiros. Métodos: estudo transversal realizado com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), edição de 2013. A variável dependente foi o envolvimento em atividades que levam ao nervosismo e as independentes foram características sociodemográficas, ocupacionais e situação de saúde. Empregou-se análise de regressão de Poisson com variância robusta. Resultados: participaram deste estudo 36.442 trabalhadores, 53,4% do sexo masculino. A prevalência de atividades que levam ao nervosismo no trabalho foi de 33,8% (Intervalo de Confiança de 95% [IC95%]: 33,2; 34,2). Na análise ajustada, raça/cor da pele preta (Razão de Prevalência [RP]: 0,84; IC95%: 0,77;0,92) e parda (RP:0,86; IC95%: 0,82;0,91), idade maior que 60 anos (RP:0,74; IC95%: 0,64;0,85) e trabalhar em ambientes abertos (RP: 0,82; IC95%: 0,77;0,87) foram significativamente associados a uma menor prevalência de atividades que levam ao nervosismo. Ruído (RP: 1,96; IC95%: 1,86;2,06), material radioativo (RP: 1,28; IC95%: 1,16;1,41), trabalho noturno (RP: 1,31; IC95%: 1,24; 1,38), idade de 30 a 39 anos (RP: 1,10; IC95%: 1,03;1,17) e depressão (RP: 1,36; IC95%: 1,26;1,47) associaram-se a uma maior probabilidade do desfecho. Conclusão: características sociodemográficas, ambientais e aspectos de saúde estão associados a atividades que levam ao nervosismo em trabalhadores brasileiros.