Resumo Este artigo discute a formação em Psicologia no contexto da pandemia do Covid-19. Expõe os princípios e compromissos que norteiam o processo de formação, tomando como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e os valores que garantem uma prática profissional guiada pela ética, pela competência técnica e pela busca de uma sociedade democrática e justa. A partir de aporte histórico sobre o desenvolvimento da área e da formação em Psicologia e da análise das normativas legais e orientações emitidas pelos órgãos reguladores nesse período de exceção, reflete sobre duas das atividades que estão entre as mais desafiadoras quando se fala em atividades remotas emergenciais: os estágios obrigatórios e o ensino da avaliação psicológica. Os estágios têm importância ímpar no processo de formação, uma vez que permitem a consolidação de conhecimentos, habilidades e competências a partir de experiências em situações reais de trabalho. A avaliação psicológica, por sua vez, atividade privativa do psicólogo, exige, para sua aprendizagem, contato direto com instrumentos e contextos de avaliação, e prática em situações reais. Consideradas a relevância e as exigências desses dois tipos de atividades para a formação do psicólogo, e as demandas por flexibilidade e busca de alternativas para esse período de isolamento social, se analisa os limites e possibilidades das atividades remotas, confrontando-as com as exigências necessárias para uma formação de qualidade.
Abstract This article discusses Psychology training in the context of the COVID-19 pandemic. It describes the principles and commitments that guide the training process, taking as reference the Brazilian Curriculum Guidelines and the values that ensure professional practice guided by ethics, technical competence and the pursuit for a democratic and fair society. Based on a historical contribution on the development of the field and of Psychology training and on the analysis of legal norms and guidelines issued by the regulatory agencies in this period of exception, we discuss two of the most challenging activities when it comes to remote activities emergency: compulsory internships and psychological assessment teaching. Internships are unparalleled in the training process, as they allow to consolidate knowledge, skills and competences based on experiences in real work situations. In order to learn how to perform psychological assessments, a private activity of the psychologist, direct contact with assessment instruments, contexts, and practice in real situations are required. Given the relevance and requirements of these two types of activities for psychologist training, and the demands for flexibility and alternatives for this period of social isolation, we analyze the limits and possibilities of remote activities, confronting them with the requirements necessary for quality training.
Resumen Este artículo analiza la formación en psicología en el contexto de la pandemia de Covid-19. Presenta los principios y compromisos que orientan el proceso de formación, tomando como referencia los Lineamientos Curriculares Nacionales y los valores que garantizan un ejercicio profesional guiado por la ética, la competencia técnica y la búsqueda de una sociedad democrática y justa. Con base en un aporte histórico sobre el desarrollo del área y en la formación en psicología y en el análisis de las normas y lineamientos legales emitidos por los organismos reguladores en este período de excepción, se reflexiona sobre dos de las actividades que se encuentran entre las más desafiantes cuando se habla de actividades remotas de emergencia: las pasantías obligatorias y la enseñanza de la evaluación psicológica. Las prácticas tienen una importancia singular en el proceso de formación, ya que permiten la consolidación de conocimientos, habilidades y competencias a partir de experiencias en situaciones laborales reales. La evaluación psicológica, actividad privada del psicólogo, requiere, para su aprendizaje, el contacto directo con los instrumentos y contextos de evaluación y la práctica en situaciones reales. Considerando la relevancia y exigencias de los dos tipos de actividades para la formación del psicólogo y las demandas de flexibilidad y búsqueda de alternativas para este período de aislamiento social, se analizan los límites y posibilidades de las actividades remotas al compararlos con los requisitos necesarios para la formación de calidad.