RESUMO Objetivo Avaliar a degeneração facetária em pacientes com hérnia de disco lombar tratados cirurgicamente, procurando correlacioná-la com possíveis fatores determinantes. Métodos Estudo observacional do tipo transversal, que analisou prontuários, radiografias e ressonâncias magnéticas de 287 pacientes com hérnia de disco lombar, tratados cirurgicamente no Serviço de Cirurgia da Coluna do Hospital Ortopédico de Passo Fundo. Foram coletadas informações sobre idade e sexo. Nos exames de imagem, foram avaliadas as seguintes variáveis: angulação facetária e seu tropismo, mensurada pelo método de Karacan, inclinação sacral e lordose lombar, medidas pelo método de Cobb, artrose das articulações interfacetárias, pela classificação de Weishaupt e degeneração do disco intervertebral, pela classificação de Pfirrmann. Resultados Foi verificada relação estatisticamente significativa entre degeneração facetária e idade (p = 0,002), assim como entre degeneração facetária e inclinação sacral (p = 0,038). Não foi encontrada correlação entre degeneração facetária e lordose lombar (p = 0,934). Constatou-se que as articulações facetárias mais degeneradas eram as que tinham maior assimetria facetária (tropismo). Porém, a média do grau de tropismo facetário não aumentou de forma homogênea com a progressão do escore de degeneração da articulação (p = 0,380). Conclusões Verificou-se que há, de fato, uma multiplicidade de fatores relacionados com o grau de degeneração facetária da coluna lombar baixa. Estudos adicionais correlacionados com a assimetria das referidas articulações seriam importantes para elucidarmos uma conduta preventiva melhor para a referida degeneração, objetivando evitar lombalgia e ciatalgia secundárias à medida que a idade avança. Nível de evidência II; Estudo retrospectivo .
ABSTRACT Objective To evaluate facet joint degeneration following surgical treatment in patients with lumbar disc herniation, seeking to correlate it with possible determining factors. Methods Cross-sectional observational study, which analyzed medical records, radiographs and magnetic resonance images of 287 patients with lumbar disc herniation treated surgically at the Spine Surgery Service of the Hospital Ortopédico de Passo Fundo. Information about age and sex was collected. In the imaging exams, the following variables were evaluated: facet joint angulation and its tropism, measured by the Karacan method, sacral slope and lumbar lordosis, measured by the Cobb method, arthrosis of the interfacetary joints, measured by the Weishaupt classification, and intervertebral disc degeneration, measured by the Pfirrmann classification. Results A statistically significant relationship was observed between facet joint degeneration and age (p = 0.002), and also between facet joint degeneration and sacral slope (p = 0.038). No correlation was found between facet joint degeneration and lumbar lordosis (p = 0.934). It was found that the most degenerated facet joints were those that had the greatest facet joint asymmetry (tropism). However, the mean degree of facet tropism did not increase homogeneously with the progression of the joint degeneration score (p = 0.380). Conclusion It was verified that there are, in fact, a multiplicity of factors related to the degree of facet joint degeneration in the low lumbar spine. Additional studies, correlated with the asymmetry of the facet joints, would be important to elucidate better preventive management of this degeneration, aiming to avert secondary low back pain and sciatica with advancing age. Level of evidence II; Retrospective study.
RESUMEN Objetivo Evaluar la degeneración facetaria en pacientes con hernia de disco lumbar tratados quirúrgicamente, buscando correlacionarla con posibles factores determinantes. Métodos Estudio observacional del tipo transversal, que analizó historiales, radiografías y resonancias magnéticas de 287 pacientes con hernia de disco lumbar, tratados quirúrgicamente en el Servicio de Cirugía de la Columna del Hospital Ortopédico de Passo Fundo. Fueron colectadas informaciones sobre edad y sexo. En los exámenes de imagen, se evaluaron las siguientes variables: angulación facetaria y su tropismo, medida por el método de Karacan, inclinación sacral y lordosis lumbar, medidas por el método de Cobb, artrosis de las articulaciones interfacetarias, por la clasificación de Weishaupt, y degeneración del disco intervertebral, por medio de la clasificación de Pfirrmann. Resultados Se verificó relación estadísticamente significativa entre degeneración facetaria y edad (p = 0,002), así como entre degeneración facetaria e inclinación sacral (p = 0,038). No se encontró correlación entre degeneración facetaria y lordosis lumbar (p = 0,934). Se constató que las articulaciones facetarias más degeneradas eran las que tenían mayor asimetría facetaria (tropismo). Sin embargo, el promedio del grado de tropismo facetario no aumentó de forma homogénea con la progresión del score de degeneración de la articulación (p = 0,380). Conclusiones Se verificó que hay, de hecho, una multiplicidad de factores relacionados con el grado de degeneración facetaria de la columna lumbar baja. Estudios adicionales correlacionados con la asimetría de las referidas articulaciones serían importantes para que elucidemos una mejor conducta preventiva para la referida degeneración, con el objetivo de evitar lumbalgia e ciatalgia secundarias, a medida que la edad avanza. Nivel de evidencia II; Estudio retrospectivo.