Este artigo tem o objetivo de discutir a constituição das práticas e representações de leitura de professoras aposentadas, mapeando os processos e as funções do ler antes e depois da aposentadoria. Para isso, realizou-se uma pesquisa qualitativa e aplicou-se um questionário a 55 docentes. Como revisão de literatura, lançou-se mão dos estudos de Batista (1998); Britto (1998); Corsino (2010); Guareschi (1995); Moscovici (1978; 2015); Zilberman (1999). Constatou-se, à luz dos estudos de Serge Moscovici (1978) acerca da Teoria das Representações Sociais, que, no decurso das trajetórias vividas, ocorreram mudanças relacionadas à finalidade das práticas leitoras. Na infância e adolescência, as representações de leitura foram construídas no contexto da ausência de livros e leituras, e nas atitudes vinculadas ao incentivo e à prática, direcionadas à família e à escola. Na fase adulta, antes da aposentadoria, a leitura tinha um caráter obrigatório, vista como fundamental para a atuação docente em sala de aula. Depois de se aposentarem, as práticas de leitura das professoras ganham novos contornos e passam a ser realizadas a partir de seus interesses pessoais, ou seja, leem o que querem e quando querem, sem terem consigo a imposição de realizarem leituras para atender a uma necessidade profissional.
This article aims to discuss the constitution of practices and representations of reading retired teachers, mapping the processes and functions of reading before and after retirement. For this purpose, a qualitative research was carried out and a questionnaire was applied to 55 teachers. As literature review, we used the studies by Batista (1998); Britto (1998); Corsino (2010); Guareschi (1995); Moscovici (1978; 2015); Zilberman (1999), among others. It was found, in the light of studies by Serge Moscovici (1978) on Theory of Social Representations, that, in the course of the lived trajectories, there were changes related to the purpose of reading practices. In childhood and adolescence, reading representations were built in the context of the absence of books and readings and in attitudes linked to encouragement and practice, aimed at family and school. Before retirement, reading had a mandatory character, seen as fundamental to teaching in the classroom. After they retired, the reading practices of the teachers gain new contours and are carried out based on their personal interests, that is, they read what they want and when they want, without having to carry out readings to meet a professional need.
Este artículo tiene como objetivo discutir la constitución de prácticas y representaciones lectoras de docentes jubiladas, mapeando los procesos y funciones de la lectura antes y después de la jubilación. Para ello, se realizó una investigación cualitativa y se aplicó un cuestionario a 55 docentes. Como revisión de la literatura, utilizamos los estudios de Batista (1998); Britto (1998); Corsino (2010); Guareschi (1995); Moscovici (1978; 2015); Zilberman (1999), entre otros. Fue encontrado, a la luz de los estudios de Serge Moscovici (1978) sobre la Teoría de las Representaciones Sociales, que, en el transcurso de las trayectorias vividas, hubo cambios relacionados con el propósito de las prácticas de lectura. En la infancia y la adolescencia, las representaciones lectoras se construyeron en el contexto de la ausencia de libros y lecturas y en actitudes vinculadas al estímulo y la práctica, dirigidas a la familia y la escuela. En la edad adulta, antes de la jubilación, la lectura era obligatoria, considerada fundamental para la enseñanza en el aula. Tras su jubilación, las prácticas lectoras de los docentes adquieren nuevos contornos y comienzan a realizarse en función de sus intereses personales, es decir, leen lo que quieren y cuando quieren, sin tener que realizar lecturas para satisfacer una necesidad profesional.