Resumo Neste artigo, analisamos algumas chaves provocadas pelo conto “Carnaval: casos de Espiridião”, narrativa que compõe o livro de estreia de Salim Miguel, Velhice e outros contos, para construir um quadro que se ocupa tanto da imagem de Florianópolis que nele está amalgamada quanto da própria experiência modernista na qual a obra se insere. Assim, discutimos alguns aspectos da cidade que se moderniza e em como esses elementos aparecem, primeiro, em um plano discursivo, o que aponta para uma série de contradições que nos faz atentar à forma. Nessa análise, apontamos para como o conto mimetiza a estrutura dual das elites da cidade e, ao mesmo tempo, impõe, pela montagem, a presença do modernismo como possibilidade de diferenciação.
Abstract In this paper, we analyze some special topics in the short story “Carnaval: casos de Espiridião,” a part of Salim Miguel’s debut book, Velhice e outros contos, in order to construct both an image of the Florianópolis fused in the narrative and of the modernist experience in which the text inserts itself. Thus, we discuss some aspects of the city in its modernizing process, and how such elements appear, first, on a discursive level, which points to a series of contradictions, then we pay attention to literary form. In this analysis, we point out how the story mimics the dual structure of the city's elites and, at the same time, imposes, through editing, the presence of modernism as a possibility of differentiation.
Resumen En este artículo analizamos algunos temas propuestos por la lectura del cuento Carnaval: casos de Espiridião, narrativa que compone el libro debut de Salim Miguel, Velhice e outros contos, en el cual intentamos construir un cuadro que se ocupa de una imagen de Florianópolis, así como de la experiencia modernista en la cual se inserta la obra. De este modo, discutimos algunos aspectos de la ciudad que se moderniza y como esos elementos surgen primero en plan discursivo, lo que nos lleva a percibir una serie de contradicciones que nos hace preguntar por la forma de la narrativa. En este análisis, discutimos como el cuento mimetiza la estructura dual de las elites de la ciudad y, a la vez, impone, por el montaje, la presencia de la vanguardia como posibilidad de diferenciación.