ABSTRACT Objective To evaluate the variations between 2008 and 2018 in the consumption of beverages by Brazilian adults per their weight status. Methods This panel study analyzed data from two National Food Surveys referring to the adult population (20-59 years of age) (2008-2008: n=21,003; 2017-2018: n=28,153), with data from food consumption obtained by one food record day and one 24-hour recall day, respectively. The drinks were grouped into 11 groups, for which we estimated the reporting proportion (%), daily means of ingested volume (mL), and contribution (%) to daily energy intake. We assessed weight status by Body Mass Index in not overweight, overweight, and obese. Results No differences were observed in the proportion of adults who reported consuming a drink (98.5% vs. 98.3%) during the period evaluated. However, the mean daily volume (631.9mL vs. 535.1mL) and the caloric contribution of drinks (17.7% vs. 13.6%) decreased. The drinks most cited in both surveys were coffee, fruit juices, and soft drinks. Not overweight and overweight individuals showed a reduction in the reported and mean volume consumed of coffee, soft drinks, milk, dairy drinks, and processed refreshments/juices. We observed a decline in the reported consumption and volume consumed of soft drinks and milk in obese individuals. Conclusion We identified decreased reporting, mean volume, and mean caloric contribution of drinks in general in the Brazilian adult population over the 10-year period between the two surveys.
RESUMO Objetivo Avaliar as variações, entre 2008 e 2018, no consumo de bebidas de adultos brasileiros de acordo com o status de peso. Métodos Estudo do tipo painel que analisou dados de dois Inquéritos Nacionais de Alimentação referentes à população adulta (20 a 59 anos de idade) (2008-2008: n=21.003; 2017-2018: n=28.153), sendo os dados de consumo alimentar obtidos por um dia de registro alimentar e um dia de recordatório de 24 horas, respectivamente. As bebidas foram agrupadas em 11 grupos, para os quais foram estimadas a proporção de relato (%) e as médias diárias do volume ingerido (mL) e da contribuição (%) para a ingestão energética diária. O status de peso foi avaliado pelo Índice de Massa Corporal em sem excesso de peso, sobrepeso e obesidade. Resultados No período avaliado não foram observadas diferenças na proporção de adultos que relataram consumir alguma bebida (98,5% vs. 98,3%); porém, o volume médio diário (631,9mL vs. 535,1mL) e a contribuição calórica das bebidas (17,7% vs. 13,6%) reduziram. As bebidas mais citadas nos dois inquéritos foram café, sucos de frutas e refrigerantes. Indivíduos sem excesso de peso e com sobrepeso apresentaram redução do relato e no volume médio consumido de café, refrigerantes, leite, bebidas lácteas e refrescos/sucos processados. Para indivíduos com obesidade, observou-se redução no relato de consumo e no volume consumido de refrigerantes e leite. Conclusão No período de 10 anos entre os dois inquéritos, observou-se, na população adulta brasileira, redução do relato, volume médio e contribuição calórica média das bebidas em geral.