Partindo da limitação que impõe o lugar de fala do psicanalista, abordamos as questões relativas ao "cenário", dos "horizontes" e das "perspectivas" para o lugar, a Situação do Sujeito. Saltando do corpo, das "incorporações" e de seus espaços, muitos deles institucionalizados, incluindo aí o espaço da linguagem, chegamos, em nossas procuras, à situação das velocidades e outras armações (Gestell) da técnica. Nessa trajetória, pensamos o corpo e toda a "natureza" como sítios de presença e apresentações que, nos cenários diversos, dirigem-se para as representações de mundo, com base nas singularidades das vivências. As virtualidades, com a "descorporificação das presenças", trazem mais uma variável para a nossa reflexão. As novas lutas, como, por exemplo, a luta pela terra, a luta feminista, etc., têm trazido novas luzes para a compreensão do desejo de posse e de governo dos territórios. A arte, e, aqui, o teatro deve ocupar um lugar de destaque, parece ser o lugar ideal para onde todas as percepções e sínteses se dirigem em busca de novas elaborações e de uma nova direção para o entendimento, tendo este atingido uma crise sem precedentes. Mas esse último tema é assunto para ser mais desenvolvido em outra ocasião.
This article deals with the "scenery", "horizons", and perspectives constituting the subject's place and situation from the psychoanalyst's limited perspective. Moving away from the body and its "em-bodiments" and places, many of which are institutionalized, including language itself, we look into such matters as velocity and other "con-jectures" associated with technique. In addition, we also consider the body and nature as a whole as sites of action and presentations, which in several scenes lead to representations of the world in view of the peculiarities in the subject's experiences. All virtualities, together with the "disembodiment of physical presence", add one more variable to our thoughts. Recent endeavors like the feminist and homeless movements have shed new light on our understanding of the desire to possess and govern a territory. Art (and here drama plays an essential role) seems to be the perfect system towards which perceptions and syntheses are directed in search of new concepts and directions for understanding (which, in turn, has recently undergone an unprecedented crisis). Still, we should point out that the latter issue, not dealt with in this article, will be discussed at a suitable opportunity.