Resumo Introdução O controle da doença periodontal auxilia na prevenção e no controle do diabetes mellitus. A compreensão dessa relação pode desencadear mudanças nas políticas públicas de saúde. Objetivo O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre a doença periodontal, o controle glicêmico e o conhecimento dessa relação. Material e método Trata-se de um inquérito epidemiológico analítico transversal com 216 pacientes com diabetes mellitus tipo 2, não fumantes, que realizaram exames de sangue atuais com hemoglobina glicada (HbA1c). Resultado No geral, 93,51% dos pacientes relataram escovar os dentes pelo menos duas vezes ao dia, 62,5% visitaram o dentista no último ano, 81,58% já fizeram tratamento para doença periodontal, 43,52% relataram ter periodontite e 59,72% tinham diabetes controlado. Não foi encontrada associação significativa (p=0,603) entre o controle da HbA1c e a presença de periodontite. Entre os pacientes com periodontite, não foi encontrada associação entre o controle da HbA1c e informações sobre a doença periodontal (p=0,996), e conhecer/acreditar na sua relação com o diabetes (p=0,659; p=0,973). Conclusão Não foi encontrada relação entre a doença periodontal e diabetes na amostra, o que poderia ser justificado pelo atendimento por uma equipe multiprofissional de saúde no Sistema Único de Saúde Brasileiro.

Abstract Introduction Periodontitis control helps to prevent and control diabetes mellitus and understanding of this relationship can lead to changes in health policy. Objective The purpose of this study was to investigate the association between periodontitis, knowledge, and glycemic control. Material and method This is a cross-sectional analytical epidemiological survey with 216 Type 2 diabetic patients, non-smokers, who had current blood screenings with glycated hemoglobin (HbA1c). Result Overall, 93.51% of the patients reported brushing their teeth at least twice a day, 62.5% visited the dentist last year, 81.58% have already undergone treatment for periodontal disease, 43.52% reported having periodontitis and 59.72% had controlled diabetes. No significant (p=0.603) association between HbA1c control and the presence of periodontitis was found. Among the patients with periodontitis, no association between HbA1c control and information on the periodontal disease was found (p=0.996), and know/believe in its relationship with diabetes (p=0.659; p=0.973). Conclusion No relationship between periodontitis and diabetes was found in the sample, as well as in patients with periodontitis, those with knowledge on periodontal disease and knowledge/belief in its relationship with diabetes, which could be justified by the care by a multi-professional health team.

Resumo Introdução Cirurgiões-dentistas têm mostrado interesse em conhecer novos meios para a construção de sorrisos mais atraentes, porém com pouca preocupação em entender os motivos pelos quais o paciente está insatisfeito. Objetivo Avaliar a percepção estética de pessoas leigas em odontologia em comparação com dentistas clínicos gerais e periodontistas quanto ao sorriso gengivoso, e comparar esta percepção estética do gênero masculino e feminino. Metodologia Foi realizada fotografia de um sorriso padrão e modificada digitalmente para criar as condições periodontais de sorriso gengivoso de 0,5mm até 2,5mm. As fotografias foram avaliadas por 150 indivíduos (25-65 anos), 81 do gênero feminino e 69 do masculino, divididos em três grupos: 50 leigos, 50 clínicos gerais e 50 periodontistas. A avaliação foi realizada por escala analógica visual. Os testes de avaliação estatística utilizados foram Quiquadrado de Person, t de Student, ANOVA e Newman-keuls. Resultado As percepções estéticas entre os profissionais são semelhantes, e percebem mudanças na estética do sorriso mais sutis que leigos. Os clínicos gerais e os periodontistas foram sensíveis de forma semelhante às mudanças geradas no sorriso gengivoso quando estas chegaram a 1,5 mm, enquanto que os leigos só perceberam quando estas modificações chegaram a 2,5 mm. Em todos os grupos não houve diferença significativa da percepção estética de avaliadores do gênero masculino e feminino. Conclusão A percepção estética do sorriso gengivoso entre dentistas clínicos gerais e periodontistas foi semelhante, e os profissionais de odontologia foram mais exigentes do que os leigos. Não houve diferença na percepção estética feminina e masculina.

Abstract Introduction Dentists have shown interest in learning new techniques to create more attractive smiles, but with little concern for understanding the reasons why the patient is dissatisfied. Objective To evaluate the aesthetic perception of laypersons in dentistry in comparison with general practitioner dentists and periodontists regarding the gingival smile, and to compare this aesthetic perception between the male and female genders. Methodology A photograph of a standard smile was taken and was digitally modified to create the periodontal conditions of a gingival smile from 0.5 mm to 2.5 mm. The photographs were judged by 150 individuals (25-65 years of age), 81 female and 69 male, divided into three groups: 50 laypersons, 50 general practitioners and 50 periodontists. The evaluation was performed using a visual analog scale. The statistical evaluation tests used were the Pearson Chi squared test, Student's t-test, ANOVA and Newman-keuls. Result The aesthetic perceptions among the professionals are similar, and they observe more subtle changes in the aesthetics of the smile than the laypersons observe. The general practitioners and periodontists were similarly sensitive to changes generated in the gingival smile when these reached 1.5 mm, while laypersons only perceived them when these changes reached 2.5 mm. There was no significant difference in the aesthetic perception of male and female evaluators in any of the groups. Conclusion The aesthetic perception of the gingival smile between general practitioner dentists and periodontists was similar, and dental professionals were more demanding than the layperson. There was no difference between female and male aesthetic perceptions.