A expressão do MIB-1 é um excelente marcador da atividade proliferativa e correlaciona-se com a agressividade biológica do carcinoma de células transicionais da bexiga.Correlacionamos a expressão do MIB-1 com a evolução dos pacientes. Revisamos 90 pacientes do HC-FMRP-USP entre 1980-2000, com idade entre 29 a 93 anos (média 71 anos);sendo 70 (77,8%) homens e 20 (22,2%) mulheres; e seguidos em média por 55 (2-231) meses. 45 (50%) tumores tinham grau I, 29 (32,2%) grau II e 16 (17,8%) grau III. Os tumores foram estadiados em pTA: 54 (60%), pT1: 8 (8,9%) e pT2-4: 28 (31,1%). Foi utilizado o anticorpo monoclonal anti-MIB-1 (Immunotech). Emprega-se o limite de 10% de núcleos corados como nível de corte para o MIB-1. Utilizamos para análise estatística os testes Mann-Whitney, Kaplan-Meier, e log rank, e nível de significância 5%. Expressaram MIB-1, 63 pacientes (70%) variando de 0 a 80%(mediana 5%, média 22,8%), com diferença significativa (P<0,05) entre tumores invasivos (pT2-4) e não invasivos (pT A-1) e entre os estádios pT A e pT1 (P=0,01). Houve associação com o grau dos tumores: significativa entre G1 e G2 (P<0,001) e G1 e G3 (P<0,001), e sem significância entre G2 e G3 (P=0,2). A relação do MIB-1 com o tamanho da lesão foi significante (P<0,02). As recidivas não foram preditas pelo índice MIB-1 (P=0,86), entretanto em pacientes MIB-1 positivos foi significantemente menor o intervalo livre de metástase (P=0.04), e a sobrevida entre tumores não invasivos (P=0.009) e na população total (P=0.0002), Há correlação entre a alta expressão do MIB-1 e os estádios invasivos, os graus avançados e os tumores maiores, contudo, não há diferença em tumores recidivados. O índice de positividade do MIB-1 não distinguiu os pacientes com menor tempo livre da doença, foi, contudo, significante para apontar aqueles com menor sobrevida e tempo livre de metástase.
We investigate the immunoexpression of MIB-1 antigen on the outcome of the transitional carcinoma of the bladder. We revised 90 patients with a mean follow-up of 55 (2-231) months. Forty five (50%) tumors were grade I, 29 (32.2%), grade II and 16 (17.8%) grade III. The tumors were staged in pTa-1: 62 (68.9%) and pT2-4: 28 (31.1%). We considered positive the tumors with more than 10% imunostained cells. Sixty three patients (70%) expressed MIB-1, with significant difference (P <0,05) between invasive tumors (pT2-4) and non-invasive (pTA-1) and between pTA and pT1 tumors (P=0,01). There was also a significant association of MIB-1 immunostaining with tumor grade: G1 versus G2 (p < 0,001) and G1 versus G3 (p < 0,001). But such difference did not occur with G2 and G3 tumors ( p = 0,2). The relationship of MIB-1 expression with the size of the lesion was significant (p <0,02). The recurrence was not predicted by the MIB-1 labeling pattern (p=0,86), though, the MIB-1-positive patients had significant smaller metastasis free intervals (p = 0.04), and lower survival rates, both among superficial tumors (p=0.009) and in total sample (p = 0.0002).