The objective of this work was to compare the maize production system recommended in the decade of 1940 with the system currently employed in Brazil. We used the paper published by Antônio Secundino de São José at Revista Ceres in 1944 to compare the agricultural practices used at that time with the ones currently employed. In the 40's, we found no direct concern with aspects of soil and water conservation. However, the process of raising grain yield based on the use of more on-farm inputs , such as manure and seeds, was initiated at that time. The maize crop was treated as a sole enterprise without the concepts of integrating crop-livestock and soil and water conservation. Currently, many concepts recommended 70 years ago are still on use in the organic and smallholder farming systems. On the other hand, the large-scale maize cultivation have used a large number of varied inputs such as synthetic fertilizers, herbicides, insecticides, fungicides, hybrid seeds (transgenic or not), planting and harvesting machinery. We conclude from the literature reviewed that in the last 70 years many chances have occurred in maize production system which were essential for the productivity to have increased 3.79 times in the period analyzed. The entire production system was modified in relation to the construction and protection of productivity, which in turn, gave support to Brazil to become the third-largest world producer and exporter of maize, increasing from 5.6 million tons in 1944 to 81.5 million tons in 2013.
Objetivou-se com este trabalho comparar o sistema de produção de milho, recomendado nos anos 40, com o atualmente empregado. Para isso, utilizou-se como base o artigo publicado por Antônio Secundino de São José, na Revista Ceres, em 1944, comparando-se as práticas agrícolas recomendadas para a cultura do milho na época com as atualmente empregadas. Naquela época, não havia preocupação direta com os aspectos conservacionistas de solo e água. Todavia, iniciava-se o processo de elevação da produtividade de grãos, com base no uso de mais insumos, todos obtidos na propriedade, como o esterco bovino, e de obtenção das próprias sementes. A cultura do milho era tratada de maneira individualizada, sem os conceitos de integração de lavoura, pecuária e conservação de solo e água. Atualmente, muitos conceitos recomendados há 70 anos ainda são utilizados na agricultura orgânica e familiar. Por outro lado, no cultivo em grande escala da cultura do milho utilizam-se os mais variados insumos, como fertilizantes sintéticos, herbicidas, inseticidas, sementes de híbridos (com ou sem eventos transgênicos), aplicação de fungicidas, plantio e colheita mecanizados. Conclui-se que nos últimos 70 anos ocorreram muitas mudanças no sistema de produção de milho e que estas mudanças foram fundamentais para que a produtividade aumentasse 3,79 vezes no período analisado. Todo o sistema de produção foi modificado em relação aos fatores de construção e proteção da produtividade, que por sua vez, deram suporte para que o Brasil chegasse a posição de terceiro maior produtor e exportador de milho do mundo, saltando de 5,6 milhões de toneladas em 1944 para 81,5 milhões de toneladas em 2013.