Objetivo: Avaliar o impacto do déficit motor (DM) sobre dor, incapacidade, depressão e medidas de qualidade de vida em pacientes com HDL antes de tratamento específico. Métodos: Avaliou-se consecutivamente um total de 254 pacientes inscritos com HDL associado à lesão neurológica e ciática que não responderam ao tratamento conservador. Depois de analisar os critérios de exclusão, 168 foram incluídos. Instrumentos validados foram utilizados no período pré-operatório para avaliar: dor, incapacidade, qualidade de vida, ansiedade e depressão. Resultados: Verificou-se força motora normal em 57 (33,9%) pacientes e o DM foi observado em 111 (66,1%) casos. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre pacientes com e sem DM com relação a sexo, idade, nível de hérnia, lateralização e compensação trabalhista. Com relação à qualidade de vida, não foi detectada diferença nos oito domínios do SF-36 e entre os grupos PCS e MCS. A única diferença observada foi taxa de deficiência superior no grupo DM, sendo a diferença média do ODI de 7,84 (IC 95%: 1,82-13,87, p = 0,011) A fraqueza motora foi observada em 35,1% (n=39/111) dos pacientes que tiveram resultado anormal na avaliação motora e foi relacionada com a gravidade (X²: 46,058, p<0,0001). Conclusão: Em pacientes com HDL sem tratamento específico prévio, a presença de DM não modificou as medidas de dor, incapacidade, depressão e a qualidade de vida autorrelatada. O DM não tem poder discriminativo para medidas de qualidade de vida em pacientes com HDL.
Objective: Evaluate the impact of motor deficit (MD) on pain, disability, depression and quality of life measures of patients with LDH prior to a specific treatment. Methods: A total of 254 consecutively enrolled patients with LDH associated to neurological impairment and sciatica who have not responded to conservative treatment were evaluated. After reviewing the exclusion criteria, 168 were included. Validated instruments were used in the preoperative period to evaluate: pain, disability, quality of life, anxiety and depression. Results: Normal motor strength was observed in 57 (33.9%) patients and MD was observed in 111 (66.1%) cases. No statistically significant differences were observed between patients with and without MD regarding gender, age, level of herniation, lateralization and workers&apos; compensation. Regarding quality of life, no difference was detected in the eight domains of SF36 and between the PCS and MCS groups. The only difference observed was a higher disability rate in the MD group, with the mean ODI difference being 7.84 (CI 95%: 1.82â€"13.87; p=0.011). Motor weakness was observed in 35.1% (n=39/111) of patients who had abnormal results at the motor evaluation, being related to severity (X²: 46.058; p<0.0001). Conclusion: In patients with LDH without prior specific treatment, the presence of MD did not modify the pain, disability, depression measures and self-reported quality of life. The MD has no discriminative power for measures of quality of life in patients with LDH.
Objetivo: Evaluar el impacto del déficit motor (DM) en el dolor, la discapacidad, la depresión y de la medida de calidad de vida en pacientes con HDL antes de un tratamiento específico. Métodos: Ha sido evaluado consecutivamente un total de 254 pacientes inscritos con HDL asociado a lesión neurológica y ciática que no han respondido al tratamiento conservador. Después de analizar los criterios de exclusión, se incluyeron 168 pacientes. Se utilizaron instrumentos validados en el preoperatorio para evaluar: dolor, discapacidad, calidad de vida, ansiedad y depresión. Resultados: La fuerza motora normal se observó en 57 (33,9%) pacientes y DM se observó en 111 (66,1%) casos. No se observaron diferencias estadísticamente significativas entre los pacientes con y sin DM con respecto a sexo, edad, nivel de la hernia, lateralización y compensación laboral En cuanto a la calidad de vida no se detectaron diferencias en los ocho dominios del SF-36 y entre los grupos PCS y MCS. La única diferencia observada fue una tasa de deficiencia superior en el grupo DM, con la diferencia promedio del ODI de 7,84 (IC 95%: 1,82-13,87, p = 0,011). La debilidad motora observada fue del 35,1% (n=39/111) de los pacientes con resultados anormales en la evaluación motora, que estaba relacionada con la gravedad (X²: 46,058, p<0,0001). Conclusión: En los pacientes con HDL sin tratamiento específico previo, la presencia de DM no modificó el dolor, la discapacidad, la depresión y las medidas de calidad de vida auto-declaradas. El DM no tiene poder discriminativo para las medidas de calidad de vida en pacientes con HDL.