Realizou-se pesquisa com médicos-chefe dos Postos de Assistência Médica (PAMs) da Prefeitura Municipal de São Paulo, Brasil, com o objetivo de investigar seus conhecimentos, expectativas e predisposições em participar e incentivar as programações educativas nos PAMs. Utilizou-se questionário, com questões abertas e fechadas que foi respondido por 88,6% dos médicos-chefe dos PAMs. Os resultados demonstraram que o conceito de saúde da maioria dos médicos-chefe dos PAMS (66,3%) coincide com o emitido pela Organização Mundial da Saúde. Apenas 2,9% consideram que saúde está relacionada a qualidade de vida. Educação em saúde foi considerada por 70,0% como transmissão de informação; somente 6,7% reconheceram sua responsabilidade no processo de transformação social e de saúde. Na visão de 68,2% as ações educativas são reconhecidas como úteis para conscientizar o usuário sobre a importância do tratamento de doenças. Essas ações, seu planejamento, execução e avaliação são reconhecidas como responsabilidade de todos que trabalham nos PAMs mas, especialmente, das enfermeiras, assistentes sociais e educadores de saúde pública. Dificuldades foram mencionadas na execução de atividades educativas, referentes à falta de material suficiente e local adequado para sua realização, falta do educador de saúde pública e, principalmente, falta de motivação de funcionários e da própria população. A maioria dos médicos-chefe reconhece a importância das ações educativas, reconhece que são desenvolvidas por pelo menos parte de sua equipe embora, muitas vezes, precariamente, com dificuldades técnicas e administrativas.
The results of a research project carried out along with head-physicians of the Municipal Health Services (PAMs) of the city of S. Paulo in order to survey their knowledge, expectations and willingness to participate in and incentivate educational programs in the various PAMs, are reported on. An open-ended questionnaire was answered by 88.6% of the head-physicians. Results showed that the concept of health of the majority of the PAMs' head-physicians (66.3%) was coincidental with that adopted by the WHO. Only 2.9% considered that health is related to quality of life. Health education was seen as the provision of information by 70.0%; only 6.7% recognized their responsibility for the process of social and health change. According to 68.2% of them, health actions were acknowledged to be useful tools for making the users aware of the importance of having the diseases treated. Health actions, their planing, implementation and evaluation were considered to be the responsibility of all who work at the PAMs, but mainly of nurses, social workers and the health educator. Some difficulties in implementing educational activities were indicated; among them being lack of sufficient material and adequate space for their implementation, lack of professional Public Health Educators and, mainly, a lack of motivation on the part of both staff and population. The majority of the head-physicians recognized that educational activities are important, that they are carried out at least by part of their staffs, although frequently hampered by technical and operational difficulties.