A humanização na saúde é tematizada segundo uma digressão sociohistórica sobre as bases do humanismo no Ocidente e sua atual diluição em diversos setores da vida social; diluição esta qualificada com um tom positivo, essencialista, que contribui para que o humanismo seja identificado como um "bem sagrado" ou uma grife. Buscando problematizar esta questão, foram considerados os documentos produzidos pela Política Nacional de Humanização, confrontando o princípio constitucional da integralidade com a orientação da humanização. Nos documentos, a perspectiva da "produção da saúde" engloba: a atenção ou prestação do cuidado (práticas profissionais), a gestão dos processos de trabalho e a participação dos usuários ou controle social no interior dos processos de trabalho na saúde. Conclui-se que discutir humanização significa: rever idealizações que desconsideram os limites do humano, admitir o conflito como motor de negociações, e colocar em análise a forma como os grupos se organizam em seus processos de trabalho.
The topic of humanization within healthcare is analyzed through a sociohistorical digression on the basis of humanism in the West and its present dilution in various sectors of social life. This dilution is qualified in a positive, essentialist light that contributes towards identifying humanism as a sacred asset or a fashion brand. In seeking to define this question, documents produced by the National Humanization Policy were considered, comparing the constitutional principle of full coverage with the guidelines of humanization. In the documents, the perspective of "healthcare production" encompasses: attendance or care provision (professional practices), management of work processes and user participation or social control within healthcare work processes. It is concluded that discussing humanization signifies: reviewing idealizations that neglect human limits; accepting conflict as the driver for negotiations; and putting forward for analysis the way in which groups organize their work processes.
La humanización en la salud es objeto de una digresión socio-histórica sobre las bases del humanismo del Occidente y su actual dilución en diferentes sectores de la vida social; dilución calificada en tono positivo, esencialista, que contribuye para que el humanismo se identifique como un "bien sagrado" o una grife. Buscando el problematismo de tal cuestión, se consideraron los documentos producidos por la Política Nacional de Humanización, confrontando el principio constitucional de la integración con la orientación de la humanización. En los documentos, la perspectiva de "producción de la salud" engloba: la atención o prestación de cuidado (prácticas profesionales), la gestión de los procesos de trabajo y la participación de los usuarios o control social en el interior de los procesos de trabajo en la salud. Se concluye que discutir humanización significa: rever idealizaciones que desconsideran los limites de lo humano, admitir el conflicto como motor de negociaciones y colocar en análisis la forma en que los grupos se organizan en sus procesos de trabajo.