Na atenção básica, o campo da enfermagem se depara com a complexidade da violência, levando esses profissionais a reavaliarem constantemente seu habitus. OBJETIVO: analisar como os casos de violência contra crianças e adolescentes são abordados pela enfermagem, na atenção básica, identificando limites e possibilidades para se lidar com esses casos. MÉTODO: estudo qualitativo, realizado em 2011, com entrevistas semiestruturadas com 8 dos 48 enfermeiros das Equipes de Saúde da Família, da cidade de Uberaba, MG, e cuja análise seguiu a interpretação dos sentidos, baseada na hermenêutica dialética. RESULTADOS: destacam-se a não identificação da violência como problema do enfermeiro, as denúncias e notificações como função do enfermeiro e os limites encontrados ante as situações de violência. CONCLUSÃO: constata-se que o habitus de enfermagem, voltado para a promoção à saúde e à prevenção das violências deve ser reestruturado, superando o paradigma biomédico e envolvendo ações intersetoriais e multiprofissionais.
In Primary Care, the field of nursing comes face-to-face with the complexity of violence, leading these professionals to constantly re-evaluate their habitus. OBJECTIVE: to analyze how cases of violence against children and adolescents are approached by primary care nurses, identifying limits and possibilities for dealing with these cases. METHOD: a qualitative study, undertaken in 2011, through semi-structured interviews with 8 out of 48 nurses in the Family Health teams in the city of Uberaba in the state of Minas Gerais, the analysis of which followed the interpretation of meanings, based in dialectical hermeneutics. RESULTS: the following stand out: non-identification of violence as a problem for the nurses; denunciations and notifications as a role of the nurses; and the limits found in the face of violence. CONCLUSION: it is determined that the habitus of nursing directed at health promotion and prevention of violence must be restructured, overcoming the biomedical paradigm and involving intersectorial and multidisciplinary actions.
En la atención primaria, la enfermería se enfrenta a la complejidad de la violencia, teniendo estos profesionales que reevaluar constantemente su habitus. OBJETIVO: analizar cómo los casos de violencia contra niños, niñas y adolescentes son tratados por enfermeras en la atención primaria, la identificación de los límites y las posibilidades de hacer frente a estos casos. MÉTODO: estudio cualitativo, realizado en el 2011, con entrevistas semi-estructuradas con 08 de las 48 enfermeras de los Equipos de Salud Familiar de Uberaba-MG y cuyo análisis siguió la interpretación de significados, basado en la hermenéutica dialéctica. RESULTADOS: destaca el hecho de no identificar el problema de la violencia como una enfermera, quejas y notificaciones en función de la enfermera y de los límites que se encuentran en la cara de la violencia. CONCLUSIÓN: el hábito de la enfermería se centró en la promoción de la salud y la prevención de la violencia debe ser reestructurada, superando el paradigma biomédico y la participación de la acción multidisciplinaria e intersectorial.