Resumo Este artigo aborda as leis de propriedade intelectual como um conjunto de regulações constituído por relações porosas estabelecidas entre o legal/ilegal. Para além de uma configuração permeada por normas e comportamentos alinhados a uma racionalidade jurídica, argumento que as regras envolvendo a propriedade das criações do intelecto são atravessadas, interditadas, moldadas, editadas e criadas a partir de negociações com agentes situados em campos em que o legal e o ilegal estão interrelacionados. Analiso este modo de habitar, ou seja, colonizar, ressignificar as leis de propriedade intelectual, a partir de meu estudo etnográfico junto às plataformas de streaming (de vídeo e música) e à “pirataria” digital, em que identifico a permeabilidade dos campos legal/ilegal não apenas na constituição da lei, mas também nas experiências de atores “piratas” e operadores de serviços legais.
Abstract This article addresses intellectual property laws as a set of regulations made up of porous relations between legal and illegal categories. In addition to a configuration permeated by behaviors and norms linked to a legal rationality, I argue that the rules involving the ownership of the creations of the intellect are crossed, interdicted, molded, edited and transformed from negotiations with agents located in fields where the legal and the illegal are interrelated. I analyze ways that intellectual property laws are colonized and resignified through my ethnographic study with (video and music) streaming platforms and digital “piracy”, in which I identify the permeability of legal /illegal fields, not only in the constitution of the law, but also in the experiences of “pirate” actors and operators of legal services.
Resumen Este artículo aborda las leyes de propiedad intelectual como un conjunto de regulaciones compuestas por relaciones porosas entre las categorías legales e ilegales. Además de una configuración permeada por comportamientos y normas vinculadas a una racionalidad jurídica, sostengo en este artículo, que las reglas que involucran la propiedad de las creaciones de intelecto se cruzan, interceptan, moldean, editan y transforman a partir de negociaciones entre agentes ubicados en campos donde lo legal y lo ilegal están interrelacionados. Analizo este modo de colonizar y resignificar las leyes de propiedad intelectual a partir de mi estudio etnográfico con plataformas de streaming (video y música) y con la “piratería” digital, en las cuales identifico la permeabilidad de los campos legales e ilegales, no solo en la constitución de la ley, sino también en las experiencias de actores “piratas” y operadores de servicios legales.