Este trabalho analisa as relações entre representações sociais e práticas sociais, enfocando a atividade profissional do psicólogo em um contexto de atuação específico e de inserção recente, os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS). Investigamos as representações sociais que os usuários têm dos psicólogos e suas relações com as práticas desses profissionais nos CRAS de Sergipe. Para tanto, foram realizados dois estudos: um com 27 psicólogos que atuam em CRAS e outro com 20 usuários desse serviço. Os resultados revelaram, no primeiro estudo, a existência de uma dissociação entre as práticas declaradas pelos profissionais e a percepção das práticas de outros psicólogos. No segundo estudo, foi possível evidenciar que a representação social do psicólogo ainda está mais vinculada à atuação na área clínica, que tem como prática fundamental a conversa e o conselho. Tais representações apresentam relação tanto com a percepção dos usuários sobre as práticas dos psicólogos como com a prática real adotada pelos psicólogos no CRAS.
This work analyses the relationship between social representations and social practices, with a focus on the psychologist's professional activity in a specific and recent context: that of the Centros de Referência de Assistência Social - CRAS (Social Assistance Reference Centres). We investigate the social representations psychologists users have towards psychologists and their relationship with the practices of these professionals in Sergipe's CRASs. In order to accomplish this, two studies were carried out: one with 27 psychologists working in the CRASs; and another with 20 users of this service. The results revealed, in the first study, dissociation between what the professionals declared their practices to be and the perception of such practices from other psychologists' perspectives. In the second study, it was possible to demonstrate that the representation of psychology is still associated to the psychologist's role in the clinical area, having conversation and counsel as their fundamental practices. Such representations are related to both the user perceptions of the psychologists' practices as well as with the real practices adopted by the CRAS psychologists.
Este trabajo analiza las relaciones entre representaciones sociales y prácticas sociales, enfocando la actividad profesional del psicólogo en un contexto de actuación específica y de inserción reciente, los Centros de Referencia de Asistencia Social (CRAS). Investigamos las representaciones sociales que los usuarios tienen de los psicólogos y sus relaciones con las prácticas de esos profesionales en los CRAS de Sergipe. Para eso, se realizaron dos estudios: uno con 27 psicólogos que actúan en CRAS y otro con 20 usuarios de ese servicio. Los resultados revelaron, en el primer estudio, la existencia de una disociación entre las prácticas declaradas por los profesionales y las percepciones de las prácticas de otros psicólogos. En el segundo estudio, fue posible evidenciar que la representación social del psicólogo aún está más vinculada a la actuación en el área clínica, que tiene como práctica fundamental la conversación y el consejo. Tales representaciones presentan relación tanto con las percepciones de los usuarios sobre las prácticas de los psicólogos como con la práctica real adoptada por los psicólogos en el CRAS.