O uso da luz natural como fonte de iluminação, além dos impactos positivos no bem-estar físico e mental do homem, possui vantagens econômicas. Estas, contudo, dependem da obtenção do nível de iluminação requerido para a tarefa. Neste estudo, o potencial de aproveitamento da luz natural foi analisado considerando-se as dimensões mínimas de sistemas de iluminação natural permitidas para ambientes residenciais, tendo como critério o Código de Obras da cidade de João Pessoa. Os sistemas de iluminação natural analisados consistem em componentes de passagem com componentes de condução. Simulação computacional feita com o software Daysim foi adotada para analisar o comportamento da luz natural. Realizaram-se 480 simulações para cinco ambientes, associando três variáveis no componente de condução: peitoril transparente e opaco (i), componente de condução saliente e encravado (ii), cinco profundidades (iii) a três variáveis do entorno: máxima ocupação do solo (i), duas alturas de pavimento (ii), quatro orientações (iii). Os parâmetros de análise foram: iluminância natural útil (INU) e autonomia da luz natural (ALN). Com os resultados, percebe-se que os limites mínimos dos critérios do Código não favorecem o aproveitamento da iluminação natural: 40% dos modelos simulados apresentam iluminação natural insuficiente. Os ambientes iluminados através de janelas altas têm os piores resultados.
Aside from the emotional and health benefits, daylight has been shown to have a significant impact on energy efficiency. The saving potential due to daylighting, however, depends on the daylight availability inside the building. In this work the daylighting performance of rooms in a residential building was analyzed. The daylight system consisted of daylight conduction components associated with pass-through components, designed considering the minimum standards set out by the building code of the city of João Pessoa. The Daysim software was adopted to simulate the daylight, 480 simulations were analyzed, including five different rooms (living room; bedroom; maid’s room; kitchen and bathroom), three variables of pass-through components (opaque and transparent sill; protruding and enclosed balcony; and balcony’s depth), and three variables associated with the surroundings (maximum plot ratio allowed; two stories height; and four facade orientations). Daylight Autonomy (DA) and Useful Daylight Illuminance (UDI) are the performance indicators used to predict the rooms’ performance. We concluded that the minimum standards for conduction and pass-through components set out by the building code can not contribute to the efficient use of daylight (approximately 40% of the simulated models had insufficient daylight), especially when a high window is connected to a pass-through component.