CONTEXTUALIZAÇÃO: Objetos influenciam nos ajustes do alcance de lactentes, no entanto ainda não se investigou se esses ajustes se modificam em crianças com mais idade. OBJETIVOS: Verificar se o tamanho e a rigidez dos objetos influenciam os ajustes proximais e distais do alcance dos 6 aos 8 meses e aos 36 meses de idade. MÉTODOS: A nove crianças saudáveis foram apresentados: um objeto rígido grande, um rígido pequeno, um maleável grande e um maleável pequeno. Os alcances foram filmados e posteriormente analisados qualitativamente quanto aos ajustes proximais (alcance uni e bimanual) e distais (orientação da mão horizontalizada, verticalizada e oblíqua; mão aberta, semiaberta e fechada) e a preensão desses objetos (com e sem). Foram aplicados o Teste de Friedman e as comparações múltiplas de Dunn, considerando-se 0,05 como diferença significativa. RESULTADOS: Constatou-se que, aos 36 meses, houve mais alcances unimanuais do que nas idades anteriores e, em todas as idades, os alcances unimanuais foram realizados principalmente para os objetos pequenos. Aos 36 meses, as crianças orientaram a mão horizontalizada para tocar e apreender os objetos, enquanto que, aos 6 e 7 meses, a orientação foi oblíqua para tocar e verticalizada para apreendê-los, independentemente das propriedades dos objetos. No decorrer dos meses, tanto no início quanto no final do alcance, as mãos tornaram-se mais abertas, principalmente para tocar o objeto rígido grande, e as crianças realizaram cada vez mais alcances com preensão, principalmente para os objetos maleáveis ou objetos pequenos. CONCLUSÕES: De 6 a 36 meses, os alcances tornaram-se mais refinados e ajustados às propriedades mais discrepantes dos objetos apresentados, o que se observou pelas modificações nos ajustes proximais e distais.
BACKGROUND: It has been found that objects influence the adjustments to reaching of breastfeeding infants, however, it has not been investigated whether these adjustments change in older infants. OBJECTIVES: The aim of this study was to determine whether the size and rigidity of objects influence the proximal and distal adjustments to reaching of infants of 6, 7, 8 and 36 months of age. METHODS: Nine healthy infants were presented with: one large rigid, one small rigid, one large malleable and one small malleable object. The movements were videotaped and later analyzed qualitatively with regard to proximal (unimanual and bimanual reaching) and distal adjustments (horizontal, vertical and oblique hand orientation, opened, half-open and closed hand) and with regard to grasping of these objects (with and without). Friedman test and Dunn multiple comparisons were applied and 0.05 was considered as a significant difference. RESULTS: Infants of 36 months of age performed more unimanual reaching than younger infants. Additionally, at all ages, unimanual reaching was particularly performed for small objects. At 36 months of age infants guided the hand horizontally to touch and grasp the objects, while at 6 and 7 months the hand orientation was oblique to touch and vertical to grasp the objects, regardless of the object's properties. Over the months, both at the beginning and at the end of reaching, the hands became more open, especially to touch the large rigid object, and infants increasingly performed reaching with successful grasping, especially for malleable or small objects. CONCLUSIONS: From 6 to 36 months of age, the reaching became more refined and the infants adjusted to the different properties of the objects which were observed through changes in the proximal and distal adjustments.