RESUMO Esse artigo propõe, inicialmente, uma releitura conceitual dos coletivos de trabalho baseado nos sistemas de identificação, partilha de valores e debates de normas. A partir dessa análise, inspirada nas clínicas do trabalho, apresenta-se um modelo que visa identificar e apresentar os elementos bases de constituição dos coletivos (relações com o ofício, afeto, reconhecimento e dialogicidade). A pesquisa foi realizada em duas etapas: a primeira com aproximação do campo nas atividades em grupo na sala de espera de um serviço de saúde do trabalhador, e entrevistas semiestruturadas; a segunda com as entrevistas clínicas, transformadas em casos clínicos, as quais são foco deste estudo. Tal modelo foi ilustrado por meio de casos clínicos reais, os quais permitem destacar que o modo de funcionamento dos coletivos pode torná-lo mantenedor, ou não, da sobrevivência e do desenvolvimento de um ofício sadio. Por fim, alerta-se para a necessidade de os trabalhadores serem organizadores de seu próprio trabalho, acionando os coletivos em seus elementos potencializadores de desenvolvimento e saúde.
ABSTRACT This paper initially proposes a conceptual re-reading of the work collective based on the systems of identification, value sharing and standards debates. Based on this analysis, inspired by the work clinics, we present a specific model that aims to identify and present the basic constituent elements of the collective (relations with the craft, affection, recognition and dialogicity). The research was carried out in two stages: a meeting with the work group in the waiting room of an employee health service and a semi-structured interview; the second with the interview clinics, transformed into clinical processes, the focus of this study. Such model was illustrated by real clinical cases, which allow to highlight that the mode of collective operation can make it maintainer or not of the survival and development of a sound craft. Finally, the workers are required to be organizers of their own work, activating the collectives in their potential elements of development and health.
RESUMEN Inicialmente, este artículo propone una relectura conceptual de los colectivos de trabajo basándose en los sistemas de identificación, en el compartir valores y en debates de normas. A partir de ese análisis, inspirado en las clínicas del trabajo, se presenta un modelo que pretende identificar los elementos básicos que constituyen a los colectivos (relaciones con el oficio, afecto, reconocimiento y dialogicidad). La investigación fue realizada en dos etapas: una de aproximación al campo con actividades en grupo en la sala de espera del servicio y entrevistas semi-directivas, y entrevistas clínicas, transformadas en casos clínicos, enfoque de este estudio. Tal modelo fue ilustrado por intermedio de casos clínicos reales que nos permiten destacar que el modo de funcionamiento de los colectivos puede convertirlos en mantenedores, o no, de la sobrevivencia y del desarrollo de un oficio sano. Finalmente, se alerta sobre la necesidad de que sean los trabajadores quienes organicen su propio trabajo, accionando a los colectivos en sus elementos potenciadores de desarrollo y salud.