Resumo: O objetivo deste artigo é mostrar, através de um único estudo de caso, como a discrepância entre a imagem corporal do magro ideal e o real pode estimular os processos de formação do sujeito neoliberal. O instrumento de coleta de informações foi a entrevista qualitativa, aberta e semiestruturada. Os resultados mostram como a imagem corporal do ideal magro pode funcionar como uma tecnologia de potência, exibindo um corpo ideal normalizado e homogêneo que estimula processos reflexivos críticos sobre si mesmo, processsos que podem levar a práticas de transformação do próprio corpo, contribuindo para a construção do corpo, contribuido para a construção de sujeitos sensíveis ao impulso neoliberal. Por fim, fornecemos algumas implicações pedagógicas para o desenvolvimento de tecnologias libertadoras de si voltadas para o autoconhecimento e o aumento da consciência crítica.
Abstract: As a single case study, this paper shows how the discrepancy between the thin-ideal body image and the real body can drive processes that form the neoliberal subject. Data were collected through qualitative, open and semi-structured interviews. The results show how the thin-ideal body image can function as a power technology by exhibiting a normalized and homogeneous ideal body that stimulates critical reflective processes about oneself, which can lead to practices of transformation of the body itself, contributing to form subjects that are receptive to the neoliberal impulse. Finally, we point out some pedagogical implications for the development of liberating technologies of the self, aimed at self-knowledge and increasing critical awareness.
Resumen: El objetivo de este artículo es mostrar mediante un estudio de caso único, cómo la discrepancia entre la imagen corporal del ideal delgado y la real puede estimular los procesos de formación del sujeto neoliberal. El instrumento de recogida de información fue la entrevista cualitativa, abierta y semiestructurada. Los resultados muestran cómo la imagen corporal del ideal delgado puede funcionar como una tecnología de poder, al exhibir un cuerpo normalizado y homogéneo que estimula los procesos reflexivos críticos sobre uno mismo, procesos que pueden abocar en prácticas de transformación del propio cuerpo, contribuyendo a la construcción de sujetos sensibles al impulso neoliberal. Finalmente, aportamos algunas implicaciones pedagógicas para el desarrollo de tecnologías del yo liberadoras orientadas al autoconocimiento y al aumento de la consciencia crítica.