RESUMO Este estudo teve como objetivo avaliar as características baropodométricas durante a fase de apoio da marcha em escadas e rampa de sujeitos com e sem síndrome da dor patelofemoral (SDPF). Participaram 55 indivíduos do gênero feminino, 24 com SDPF (GSDPF) e 31 clinicamente saudáveis (GC), pareados em idade, estatura e massa corporal. Foram avaliadas as variáveis pico de pressão, área de contato e tempo de contato em seis regiões plantares (antepé medial, antepé lateral, médio pé, retropé medial, retropé central e retropé lateral), por meio do sistema Pedar-X, durante a realização de quatro atividades funcionais (subir e descer escadas e rampa). A ordem de realização das avaliações foi randomizada. A intensidade da dor dos sujeitos antes e após as atividades foi avaliada pela Escala Visual Numérica (EVN). Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva e inferencial (Testes T-independente, Wilcoxon e ANOVA 2x6), com nível de significância de p≤0,05. Não foram observadas diferenças entre os grupos em relação ao pico de pressão, área de contato e tempo de contato nas seis regiões plantares analisadas durante as quatro atividades funcionais. Houve exacerbação da dor dos sujeitos após a realização das quatro atividades funcionais (p=0,01). Sendo assim, os resultados deste estudo, nas condições experimentais utilizadas, sugerem que não existe um padrão de comportamento em relação às variáveis baropodométricas estudadas que diferencie sujeitos com e sem SDPF durante as atividades de subir e descer escadas e rampa.
ABSTRACT This study aimed to evaluate baropodometric characteristics during the stage of gait support in stairs and ramps of subjects with and without Patellofemoral Pain Syndrome (PFPS). Fifty-five female individuals participated: 24 with PFPS (PFPS group - PFPSG) and 31 clinically healthy (clinically healthy group - CHG), matched for age, height, and body mass. Peak pressure, contact area, and contact time were evaluated in six plantar regions (medial forefoot, lateral forefoot, midfoot, medial rearfoot, central rearfoot, and lateral rearfoot) by the Pedar-X system, during four functional activities (climbing up and down stairs and a ramp). The order of performance of evaluations was randomized. The intensity of the pain of the subjects before and after activities was evaluated by Visual Numeric Scale (VNS). Data were analyzed by descriptive and inferential statistics (Independent t-independent, Anova 2x6, and Wilcoxon tests), with a significance level of p ≤ 0.05. No differences were found between groups in the peak pressure, contact area, and contact time on the six plantar regions analyzed during the four functional activities. There was pain exacerbation of the subjects after the four functional activities (p = 0.01). Thus, the results of the present study, considering the experimental conditions used, suggest that there is a pattern of behavior regarding baropodometric variables (peak pressure, contact area, and contact time) that differentiates subjects with and without PFPS during the activities of climbing up and down stairs and the ramp.
RESUMEN El propósito de este texto es evaluar las variables baropodométricas durante la etapa de apoyo de la marcha en escaleras y rampa de individuos con y sin síndrome de dolor patelofemoral (SDPF). Han participado 55 muyeres, 24 con SDPF (GSDPF) y 31 clínicamente sanas (GC), pareadas en edad, estatura y masa corpórea. Se evaluaron las variables presión máxima, área de contacto y tiempo de contacto en seis regiones plantares (antepié medial, antepié lateral, parte media del pie, retropié medial, retropié central y retropié lateral), mediante el sistema Pedar-X, durante la realización de cuatro actividades funcionales (subir y bajar escaleras y rampa). Fue aleatorio el orden de realización de las actividades. Se evaluó la intensidad del dolor de los individuos antes y después de las actividades a través de la Escala Visual Numérica (EVN). Se evaluaron los datos a través de estadística descriptiva e inferencial (Pruebas T-independiente, Wilcoxon y ANOVA 2x6), con nivel de significación p ≤ 0,05. No se observaron diferencias entre los dos grupos en cuanto a la presión máxima, área de contacto y tiempo de contacto en las seis regiones plantares evaluadas durante las cuatro actividades funcionales. Los individuos tuvieron mucho dolor después de realizar las cuatro actividades funcionales (p=0,01). Así los resultados indican que en las condiciones investigadas no hay un modelo de comportamiento relativo a las variables baropodométricas examinadas que diferencie a los individuos con y sin SDPF durante las actividades de subir y bajar escaleras y rampa.