Nos Estados do Rio Grande do Sul e do Paraná, há frequentes relatos de falhas de controle de Conyza sumatrensis com chlorimuron-ethyl em lavouras de soja. Assim, os objetivos deste trabalho foram caracterizar morfologicamente as folhas de Conyza sumatrensis e avaliar o controle com herbicidas aplicados em biótipos dessa planta daninha em três estádios de desenvolvimento. Foram realizados dois estudos, com experimentos em casa de vegetação, em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições. No primeiro estudo, os biótipos de buva foram coletados e identificados; já no segundo estudo avaliou-se a resposta de biótipos aos herbicidas, doses e estádios de desenvolvimento. As doses de herbicidas foram: 0,0; 6,25; 12,5; 25; 50; 100; 200; e 400, representadas em porcentagem da dose de registro dos herbicidas chlorimuron-ethyl (20 g ha-1) e glyphosate (720 g e.a. ha-1), aplicadas de modo isolado ou associadas em três estádios de desenvolvimento dos quatro biótipos (2, 5, 17 e 20) de Conyza sumatrensis (altura de 0,5-1 cm e 3-4 folhas; altura 1-2 cm e 6-7 folhas; e altura de 10-12 cm e 12-14 folhas). As variáveis analisadas foram controle, fitomassa seca da parte aérea e as densidades tricomática e estomática da superfície foliar dos biótipos em diferentes estádios de desenvolvimento. Os resultados demonstram que os estádios de desenvolvimento alteram a eficácia dos herbicidas, e aplicações em estádios avançados de desenvolvimento diminuem a eficácia de controle. A exceção foi o biótipo 5 de Conyza sumatrensis, que demonstrou resistência ao glyphosate, independentemente do estádio de desenvolvimento no momento da aplicação do herbicida. Houve variação no número de tricomas entre os biótipos em todos os estádios de desenvolvimento, e o número de estômatos diminuiu com o desenvolvimento dos biótipos.
In the states of Rio Grande do Sul and Paraná, there are frequent reports of failure to control Conyza sumatrensis with chlorimuron-ethyl in soybean crops. Thus, the objectives of this study were to characterize Conyza sumatrensis leaves morphologically and evaluate herbicide control in biotypes of this weed at three stages. Two studies were conducted, with experiments in a greenhouse in a completely randomized design with four replications. In the first study, horseweed biotypes were collected and identified, and the second study evaluated the responses of herbicide rates and development stages. The herbicide rates were: 0.0, 6.25, 12.5, 25, 50, 100, 200 and 400, represented as a percentage of the dose registry of herbicides chlorimuronethyl (20 g ha-1) and glyphosate (720 g e.a. ha-1) applied in isolation or associated at three developmental stages of four Conyza sumatrensis (2, 5, 17 and 20) biotypes (height = 0.5-1 cm and 3-4 leaves, height = 1-2 cm and 6-7 leaves, height = 10-12 cm, 12-14 leaves). The variables analyzed were control, shoot dry weight and trichome and stomatal densities biotypes of the leaf surface at different stages of development. The results obtained demonstrate that the developmental stages affect the effectiveness of the herbicides, and applications at advanced stages of development decrease the effectiveness of control. The exception was biotype 5 of Conyza sumatrensis, which shows resistance to glyphosate, regardless of stage of development at the time of herbicide application. There was variation in the number of trichomes among biotypes at all stages of development, and the number of stomata decreased with the development of biotypes.