A pesquisa sobre ciliados, flagelados e opalinatas vem sendo ampliada com utilização da técnica de impregnação pela prata (protargol), modificada por vários autores. Mas, geralmente, estas demoram muito para se desenvolver e os resultados são variados. O presente trabalho é uma variante da técnica descrita por Tuffrau (1964, 1967), mostrando algumas modificações feitas no laboratório. Os organismos podem ser preservados por diferentes fixadores (Bouin alcóolico, solução de Stieves, glutaraldeído a 2,5% e outros), lavados com água destilada e em seguida clarificados com hipoclorito de sódio a 3%. Se o organismo é muito sensível ao hipoclorito, podemos fazer uso do lauril sulfato de sódio a 4% e 3 lavagens com água destilada. Os protistas são aderidos à lâmina com albumina-glicerinada de Mayer (1 vol. glicerina para 1 ou 2 vol. albumina), diluída em água na proporção de 1:10, ou com polilisina a 1%. Depois da preparação e secagem das lâminas, estas são cobertas por uma fina camada de proteinato de prata a 0,8%. Logo após, as lâminas são colocadas em uma tigela retangular contendo, no fundo, papel umidecido e uma tampa para evitar o ressecamento do proteinato. A tigela é posta em uma estufa a 40º-50ºC por 30 min. As lâminas são lavadas por 1 minuto com água destilada morna (35ºC). A revelação do material deve ser feita pela hidroquinona a 0,4% por, no máximo, 1 minuto, controlando gradualmente a intensidade da impregnação pela prata por meio da observação em microscópio óptico. Em seguida, lavar em água destilada por 1 minuto para rapidamente fixar em tiossulfato de sódio a 2,5%, lavar novamente a lâmina por dois minutos antes da desidratação em série alcóolica 50-100º e, finalmente, três banhos em xileno. Montar as lâminas com Entellan MerckTM ou bálsamo do Canadá.
The research on ciliates, flagelates and opalinates have been widespread by the utilization of techniques employing silver impregnation (Protargol), modified by several authors. However, these are time consuming and its results are variable. The present work is a variant of the technique described by Tuffrau (1964, 1967) showing some adaptations made in our laboratory. The organisms can be preserved by different fixatives (alcoholic Bouin, Stieve's fluid, 2.5% glutaraldehyde and others) and then rinsed in destilled water followed by a fast clarification by 3% sodium hypochloride. If the organism is very sensitive to hypochloride, 4% sodium lauryl sulfate may be used and then washed 3 times in distilled water. The protista can be adhered to the glass slides with Mayer's glycerinated-albumin (1 glycerin vol. to 1 or 2 albumin vol.), diluted in water at a proportion of 1:10 Cv/v., or with 1% polylysine followed by fast washes with distilled water. After the slide preparation, they were covered with a layer of 0,8% Silver proteinate. Right after that, the slide has to be placed in a glass tray lined with moist tissue and covered to prevent the proteinate to dry. The tray was placed in a incubator at 40º-50ºC for 30 minutes. The slides are rinsed for 1 minute. with warm (35ºC) distilled water. The development of the material should be done with 0.4% hydroquinone with a maximum incubation time of 1 minute. It should be developed gradually, controlling the silver impregnation intensity by observation under optical microscope. Next, rinse in distilled water for 1 minute, and then, fix in 2,5% Sodium thiosulfate. Rinse the slide for two minutes before dehydrating it in an alcoholic serial 50-100º. Finally rinse the slides in xylene. Mount the slides with Entellan MerckTM or Canada balsam.