Neste trabalho, determinou-se o tamanho da amostra para estudos de danos causados pelo caruncho Sitophilus zeamais Motschulsky, avaliados pelos métodos da escala visual de notas e do número de grãos danificados em relação ao total de grãos. O critério adotado para estimar o tamanho da amostra foi de que esse tamanho permitisse detectar uma diferença de 10 ou de 20% da média geral entre médias de danos, em cultivares de milho, e avaliar o dano médio por cultivar com um erro-padrão de 10 ou de 20% da média. Discutiu-se, também, a eficiência dos dois métodos para avaliar o dano causado pelo caruncho. Foram utilizados dados de dois experimentos de laboratório, conduzidos nos anos agrícolas de 1978/79 a 1979/80, realizado no Instituto Agronômico, Campinas. O delineamento experimental foi de blocos casualizados com 10 repetições, sendo as parcelas formadas por cinco linhas de dez espigas. Os tratamentos estudados foram um cultivar resistente, Asteca Prolífico VRPE VII, um suscetível, o híbrido duplo IAC Hmd 7974, e os cultivares IAC Maya XVI e o híbrido simples HS 7777. Para definir o processo de amostragem, utilizou-se o método de componentes de variância. O tamanho da amostra foi bastante variável entre cultivares, sendo maior no cultivar resistente e, entre métodos de avaliação, maior no método de Davis. Entre os possíveis tamanhos de amostra para detectar uma diferença de 10% da média entre médias de danos de tratamentos, podem ser utilizados: seis blocos com seis linhas de dez espigas por linha, no método de Wiseman, e dez blocos com seis espigas, no método de Davis. Para diferença de 20% da média geral, podem ser empregados: seis blocos com duas linhas de sete espigas, no método de Wiseman, e seis blocos de uma linha de dez espigas, no método de Davis. Para estimar a média de dano por cultivar com erro-padrão equivalente a 0,10 y, os tamanhos de amostra indicados são os seguintes: (a) nas avaliações, pelo método de Wiseman, 270 espigas no 'Asteca' e 70 espigas nos cultivares Hmd 7974, HS 7777 e Maya; (b) nas avaliações pelo método de Davis, 450 espigas no 'Asteca' e cerca de 300 espigas nos demais. Para uma precisão menor, ou seja, erro-padrão de 0,20 y, pode-se estimar a média a partir dos seguintes tamanhos de amostra: (a) nas avaliações pelo método de Wiseman, cinco blocos com duas linhas de seis espigas, no 'Asteca', e cinco blocos com duas linhas de três espigas, nos demais cultivares; (b) nas avaliações pelo método de Davis, cinco blocos com três linhas de seis espigas, no 'Asteca', e cinco blocos com duas linhas de cinco espigas nos restantes.
A study was made to determine the adequate sample size for research on corn resistance to maize weevil, Sitophilus zeamais Motschulsky. To evaluate the damage, the techniques described by Wiseman et alii and by Davis et alii were used. The relative merits of these two methods are discussed. The criteria used to select the sample size was such that a difference between two treatments of ten percent and of twenty percent of the overall mean should be detected by the statistical test, and that each treatment mean could be estimated with a standard error of 0.10 y or 0.20 y. The data were obtained from two laboratory experiments, in 1978/79, and 1979/80, at Instituto Agronômico, Campinas, State of São Paulo, Brazil. The treatments were: cultivar Asteca Prolífico VRPE VII, which is resistant to Sitophilus zeamais, Hmd 7974, a susceptible double hybrid; cultivar Maya XVI and HS 7777. A randomized complete block design with ten replications was used and each plot consisted of five rows of ten ears. The variance components method was used to define the type of sampling. The following minimum sample sizes can be used to detect differences of ten percent of the overall mean, between two treatments means: 6 blocks with 6 rows of 10 ears for the Wiseman method and 10 blocks with 6 rows of 10 ears for the Davis method of evaluation. To detect differences of 0.20 y, it can be used 6 blocks with 2 rows of 7 ears for Wiseman method and 6 blocks with 1 row of 10 ears for the Davis method of evaluation. According to each method of damage evaluation the following minimum sample sizes can be used for estimating the mean damage with 0.10 y as the half confidence interval: a) by Wiseman method, 270 ears for cultivar Asteca, and 70 ears for the cultivars Maya, Hmd 7974 and HS 7777; b) by Davis method, 450 ears for cultivar Asteca, and 300 ears for the other three cultivars. To estimate the mean damage with a 0.20 y as the half confidence interval it can be used: a) by Wiseman method, for cultivar Asteca, 5 blocks with 2 rows of 6 ears; for cultivars Hmd 7974, HS 7777 and Maya, 5 blocks with 2 rows of 3 ears; b) by Davis method, for cultivar Asteca, 5 blocks with 3 rows of 6 ears and for the other three cultivars, 5 blocks with 2 rows of 5 ears.