Resumo: Objetivo: Avaliar a prevalência de dor lombar em enfermeiros de um hospital universitário da zona leste de São Paulo e estabelecer relação com aspectos sociais. Métodos: Foi realizado um estudo de corte transversal, através da aplicação de um questionário contendo questões sociais (peso, idade, altura, setor de trabalho, carga horária, prática de exercício físico, presença e frequência de dor lombar), além do questionário Oswestry. Resultados: Cento e cinquenta e três enfermeiros participaram do estudo, destes 92,30% das mulheres e 73,91% dos homens apresentaram dor lombar, sendo que um terço classificava a dor como esporádica. Em relação ao IMC, a dor é menor naqueles que estão abaixo do peso (60%) e maior entre aqueles que se apresentam sobrepeso (96,77%). A maioria da amostra era sedentária (66%), sendo que destes, 96% apresentavam dor lombar. Não houve diferença na comparação para período de trabalho, já em relação ao setor de trabalho a dor estava mais presente no setor de coordenação (100%), seguido por enfermaria infantil (92%), pronto socorro adulto (90%) e UTI adulto (31%). Trinta enfermeiros faziam dupla jornada, e destes, 90% relataram dor, já nos que trabalhavam somente no hospital universitário 89,4% relataram dor. Em relação à carga horária, quanto maior a jornada, mais dor. Na avaliação da função (Oswestry), 99 participantes obtiveram um valor de até 30% de incapacidade. Conclusão: A partir dos resultados deste trabalho, conclui-se que existe uma alta prevalência de dor lombar nos enfermeiros do Hospital Universitário, no entanto, não foi possível determinar um fator de risco direto associado à esta alta prevalência. Nível de Evidência IV; Estudo de corte transversal.
ABSTRACT Objective: To evaluate the prevalence of low back pain in nurses at a university hospital in São Paulo and establish a relationship with social aspects. Methods: A cross-sectional study was carried out, through the application of a questionnaire containing social questions(weight, age, height, work sector, working hours, physical activity, presence and frequency of low back pain) in addition to the Oswestry questionnaire. Results: One hundred fifty-three nurses participated in the study. Of these, 92.30% of the women and 73.91% of the men presented low back pain, with a third classifying the pain as sporadic. In relation to BMI, pain is lower in those who are underweight (60%) and higher among those who are overweight (96.77%). Most of the sample was sedentary (66%), and of these, 96% had low back pain. There was no difference in the comparison by working hours, in relation to work sector, pain was more present in the following sectors: coordination (100%); children’s ward (92%); adult emergency room (90%) and adult ICU (31%). Thirty nurses worked double shifts, and of these, 90% reported low back pain, while among those who worked only at the university hospital, 89.4% reported pain. In relation to working hours, the longer the working day, the greater the pain. In the function assessment (Oswestry), 99 participants obtained a value of up to 30% disability. Conclusion: Based on the results of this work, it is concluded that there is a high prevalence of low back pain in nurses at the Hospital Universitário; however, it was not possible to determine a direct risk factor associated with this high prevalence. Level of Evidence IV; Cross-sectional study.
Resumen: Objetivo: Evaluar la prevalencia del dolor de la región lumbar en enfermeros y enfermeras de un hospital universitario de la zona este de São Paulo y establecer una relación con los aspectos sociales. Métodos: Se realizó un estudio transversal aplicando un cuestionario que contenía preguntas sociales (peso, edad, altura, sector laboral, carga de trabajo, práctica de ejercicio físico, presencia y frecuencia de dolor en la región lumbar), además del cuestionario de Oswestry. Resultados: Participaron del estudio 153 enfermeros y enfermeras, de los cuales el 92,30% de las mujeres y el 73,91% de los hombres presentaban dolor en la región lumbar, y un tercio clasificaba el dolor como esporádico. En cuanto al IMC, el dolor es menor en los que tienen un peso inferior al normal (60%) y mayor entre los que tienen sobrepeso (96,77%).La mayoría de la muestra era sedentaria (66%), y de ellos, el 96% presentaba lumbalgia. No hubo diferencias en la comparación por período de trabajo, pero en cuanto al sector de trabajo, el dolor estuvo más presente en el sector de: coordinación (100%); seguido de la sala infantil (92%); urgencias de adultos (90%) y UCI de adultos (31%). Treinta enfermeros y enfermeras trabajaban en doble turno, y de ellos, el 90% manifestó dolor, mientras que de los que trabajaban sólo en el hospital universitario, el 89,4% manifestó dolor. En cuanto a la carga de trabajo, cuanto más largo es el turno, más dolor. En la evaluación de la función (Oswestry), 99 participantes obtuvieron un valor de hasta un 30% de incapacidad. Conclusión: A partir de los resultados de este estudio, se concluye que existe una alta prevalencia de dolor de la región lumbar en enfermeros y enfermeras del Hospital Universitario, sin embargo, no fue posible determinar un factor de riesgo directo asociado a esta alta prevalencia. Nivel de Evidencia IV; .Estudio Transversal.