OBJETIVO: determinar a variação do ângulo de Cobb na escoliose idiopática do adolescente por meio da utilização de dois tipos de goniômetro calibrados: articulado e fixo. MÉTODOS: oito radiografias de pacientes com escoliose idiopática do adolescente, obtidas em aparelho digital, com curva primária grave (acima de 30º) foram selecionadas. As imagens de cada uma das oito radiografias das escolioses foram processadas e impressas 36 vezes em película radiográfica (totalizando 228 imagens). As curvas escolióticas tanto primárias como secundárias (17 curvas) tiveram suas vértebras-limite pré-determinadas e foram medidas, por seis ortopedistas, atuantes na área de cirurgia da coluna vertebral. Cada examinador recebeu alternadamente um conjunto das 8 escolioses/17 curvas a serem medidas com um goniômetro ora articulado e ora fixo sempre acompanhado de um lápis apropriado para medir radiografias. Os seis ortopedistas mediram cada uma das 17 curvas em seis ocasiões diferentes, sendo que três delas com o goniômetro articulado e três com o goniômetro fixo. O intervalo entre a entrega de cada conjunto não foi inferior a 24 horas. A análise estatística foi feita por meio de testes pareados, para a avaliação da variação entre os diferentes goniômetros pelos mesmos indivíduos, e de comparações por porcentagem, média, coeficientes e índices de variação obtidos, para as demais variáveis estudadas (variação intra e interobservadores). RESULTADOS: entre as 17 curvas avaliadas (A a Q), apenas a curva M mostrou diferenças estatisticamente significativas entre os valores angulares obtidos com o goniômetro articulado (média de 33,3+9,1º) e com o goniômetro fixo (27,9+4,2º), em que p=0,009. CONCLUSÃO: não foram encontradas diferenças significativas entre os valores obtidos com o goniômetro articulado e com o goniômetro fixo em 16 das 17 curvas avaliadas na presente amostra. As diferenças observadas entre os goniômetros na curva M parecem não estar relacionadas ao equipamento utilizado.
OBJECTIVE: to determine the variance of Cobb angle measurements in adolescent idiopathic scoliosis with two types of goniometer: a fixed and an articulated one, both were previously calibrated. METHODS: eight digital radiographs of patients with adolescent idiopathic scoliosis, with severe primary curve (over 30 degrees) were selected. Each one of the eight scoliosis images selected was processed 26 times and printed in a radiographic film, adding up 228 images. A total of 17 curves, primary and secondary, were measured by six orthopedic surgeons experienced in spine surgery. Each examiner received a pencil, eight scoliosis images and the same goniometer. The six orthopedists measured each curve in six different occasions, three times with the articulated and three with the fixed goniometer. The cranial and caudal vertebras to be measured were pre-established, so the choose of wrong levels could be avoided. The statistic analysis was done with "parametric tests" to determine the variance of the measures between different goniometer and the same examiner. RESULTS: among the 17 evaluated (A a Q), only the curve M showed a statistically significant difference between the angles measured by the two goniometers (mean of 33,3+9,1 degrees) with the articulated and (27,9+4,2 degrees) with the fixed one p=0,009. CONCLUSION: No significant differences were found between values obtained with goniometer articulated with the goniometer fixed in 16 of the 17 curves evaluated in this sample. The differences observed between the goniometer on the curve "M" does not appear to be related to the equipment used.
OBJETIVO: determinar la variación del ángulo de Cobb en la escoliosis idiopática del adolescente, por medio de la utilización de dos tipos de goniómetros calibrados: articulado y fijo. MÉTODOS: ocho radiografías de pacientes con escoliosis idiopática del adolescente, obtenidas en aparato digital, con curva primaria grave (encima de 30 grados) fueron seleccionadas. Las imágenes de cada una de las ocho radiografías de las escoliosis fueron procesadas e impresas 36 veces en película radiográfica (totalizando 228 imágenes). Las curvas escolióticas tanto primarias así como secundarias (17 curvas), tuvieron sus vértebras límite predeterminadas y fueron medidas, por seis ortopedistas, actuando en el área de cirugía de la columna vertebral. Cada examinador recibió alternadamente un conjunto de las ocho escoliosis, 17 curvas para ser medidas con un goniómetro sea articulado o fijo siempre acompañado de un lápiz apropiado para medir radiografías. Los seis ortopedistas midieron cada una de las 17 curvas en seis ocasiones diferentes, siendo que tres de ellas con o goniómetro articulado y tres con el goniómetro fijo. El intervalo entre la entrega de cada conjunto no fue inferior a 24 horas. El análisis estadístico fue hecho por medio de testes pareados, para evaluar la variación entre los diferentes goniómetros por los mismos individuos, y por comparaciones por medio del porcentaje, promedio, coeficientes e índices de variación obtenidos para las demás variables estudiadas (variación intra e inter observadores). RESULTADOS: entre las 17 curvas evaluadas (A a Q), solo la curva M mostró diferencias estadísticamente significativas entre los valores angulares obtenidos con el goniómetro articulado (promedio de 33.3+9.1º) y con el goniómetro fijo (27.9+4.2º), en el cual p=0.009. CONCLUSIONES: no existen diferencias significativas entre los valores obtenidos con el goniómetro articulado y con el fijo en 16 de las 17 curvas evaluadas en la presente muestra. Las diferencias observadas entre los goniómetros en la curva M parecen no estar relacionadas al equipamiento utilizado.