Passiflora alata, P. cincinnata e P. setacea são frutíferas de grande importância, no Brasil, representando grande potencial agronômico. Entretanto, apresentam dificuldades de propagação, relacionadas à dormência e armazenamento das sementes. Desta forma, o presente estudo objetivou avaliar os efeitos do período e métodos de armazenamento sobre a emergência de plântulas de Passiflora alata Curtis, P. cincinnata Mast e P. setacea D.C. Para cada espécie, as sementes foram armazenadas à sombra, em refrigerador (10°C) e sob condições de laboratório e estratificação a 10°C. Aos 0, 7, 60 e 120 dias após o armazenamento, para P. alata e P. cincinnata, e 0, 7, 90 e 120 dias, para P. setacea, 50 sementes, para cada tratamento, foram semeadas em substrato comercial, com 4 repetições. Os experimentos foram estabelecidos em D.I.C., em esquema fatorial 4x3 (período x método). Avaliou-se a emergência de plântulas, a cada três dias, até 90 dias após a semeadura. Para P. alata, a estratificação proporcionou aumento nos percentuais de emergência (11%), após 60 dias de armazenamento das sementes, e redução aos 120 dias, não havendo influência positiva dos demais tratamentos. Não houve influência do método de armazenamento em P. cincinnata, observando-se aumento na emergência de plântulas até 60 dias de armazenamento (18,5%) e redução após este período. Em P. setacea, a estratificação resultou em aumento linear na emergência das plântulas, em função do tempo de armazenamento. A conservação de sementes de P. alata e P. setacea tem maior eficiência sob estratificação a frio. Sementes de P. cincinnata, independentemente do método utilizado, não devem ser armazenadas por mais de 60 dias.
Passiflora alata, P. cincinnata, and P. setacea are very important species, in Brazil, with high agronomic potential. However, they present propagation difficulties, related to seed dormancy and storage. Thus, this study aimed to evaluate the effects of storage period and methods on the Passiflora alata Curtis, P. cincinnata Mast, and P. setacea D.C. seedlings emergence. For each species, seeds were stored at shadow, in a refrigerator (10ºC) and under laboratory conditions and stratification at 10ºC. At 0, 7, 60, and 120 days after storage, for P. alata and P. cincinnata, and 0, 7, 90, and 120 days, for P. setacea, 50 seeds were sown in a commercial substrate, with 4 replications. The experiments were randomly designed in a 4x3 factorial scheme (period x method). The seedlings emergence was evaluated every three days, up to 90 days after sowing. For P. alata, the stratification provided an increase on emergence percentages (11%), 60 days after seeds storage, and decrease at 120 days, with no positive influence of the other treatments. There was no influence of the storage method for P. cincinnata, but it was noticed an increase in seedlings emergence up to 60 days after storage (18,5%) and a decrease from that period on. For P. setacea, the stratification resulted in a linear increase in seedlings emergence, according to the storage period. The conservation of P. alata and P. setacea seed is more efficient under cold stratification. P. cincinnata seeds, regardless of method, should not be stored for more than 60 days.