Objective: To analyze the prevalence of accidents at work, according to sociodemographic and occupational variables, in 2013 and 2019. Methods: Cross-sectional study using data from the National Health Survey (PNS) 2013 and 2019. Typical work accidents (WA), detachment (DA) and Total Work Accidents (WAT) were evaluated. The prevalence and 95% confidence intervals (95%CI) of WAT in 2013 and 2019 were estimated according the explanatory variables and for Federation Units and capitals. In 2019, the prevalence and 95%CI according to the explanatory variables were calculated using crude and adjusted for sex and age group prevalence ratios (PR). Results: WAT prevalence increased from 4.96% (95%CI: 4.55-5.38) in 2013 to 4.13% (95%CI: 3.80-4.46) in 2019. In 2013, Para led in prevalence of WAT, and Mato Grosso in 2019. The prevalence of WA and AD in 2019 were: 2.64% (95%CI: 2.37-2.91) and 1.60% (95%CI: 1.40-1.80). In 2019, the prevalence for WAT were higher for men (PR: 1.92; 95%CI 1.62-2.27); in 18-29 age group (PR: 2.71; 95%CI 1.99-3.68); people with complete elementary school and incomplete high school (PR: 2.09; 95%CI 1.57-2.78); and black (RP: 1.43; 95%CI 1.12-1.84). People without a formal contract had a lower prevalence of RTA (PR: 0.77; 95%CI 0.66-0.90). AT was higher in rural areas (PR: 1.32 (1.09-1.60). Conclusion: There was a reduction in WAT between 2013 and 2019. Men, young people, black people and individuals with less education, residents in rural area had higher prevalence of WA in 2019, demonstrating a relationship between health-disease-accident processes.
Objetivo: Analisar as prevalências de acidentes de trabalho, segundo variáveis sociodemográficas e ocupacionais, em 2013 e 2019. Métodos: Estudo transversal utilizando dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013 e 2019. Avaliou-se os acidentes de trabalho típico (AT), descolamento (AD) e Acidentes de Trabalho Totais (ATT). As prevalências e intervalos de confiança de 95% (IC95%) de ATT em 2013 e 2019 foram estimadas segundo as variáveis explicativas, Unidades da Federação e capitais. Em 2019, foram calculadas as prevalências e IC95% segundo variáveis explicativas e razões de prevalência (RP) bruta e ajustada por sexo e faixa etária. Resultados: A prevalência de ATT passou de 4,96% (IC95%: 4,55-5,38) em 2013 para 4,13% (IC95%: 3,80-4,46) em 2019. Em 2013, o Pará liderou em prevalência de ATT e em 2019 a maior prevalência foi no Mato Grosso. As prevalências de AT e AD em 2019 foram, respectivamente 2,64% (IC95%: 2,37-2,91) e 1,60% (IC95%: 1,40-1,80). Em 2019, as prevalências para ATT foram mais elevadas para homens (RP:1,92; IC95% 1,62-2,27); na faixa etária de 18 a 29 anos (RP: 2,71; IC95% 1,99-3,68); pessoas com ensino fundamental completo/médio incompleto (RP: 2,09; IC95% 1,57-2,78); de cor preta (RP: 1,43; IC95% 1,12-1, 84), e menor em pessoas sem carteira de trabalho (RP: 0,77; IC95% 0,66-0,90). AT foi maior na zona rural (RP: 1,32 (1,09-1,60). Conclusão: Houve redução dos ATT entre 2013 e 2019. Homens, jovens, pretos e indivíduos com menor escolaridade, trabalhadores da zona rural, apresentaram maiores prevalências de AT em 2019, demonstrando uma relação dos processos saúde-doença-acidente.