Resumo A partir do mapeamento de ações desenvolvidas por grupos feministas para a segurança digital, chamados de "cuidados digitais", analisamos as suas estratégias, que surgem em resposta às opacidades e injustiças algorítmicas, à pouca diversidade nos espaços tecnológicos e ao crescimento das violências de gênero nos ambientes digitais. Neste texto vamos discutir um aspecto deste hacktivismo (autodenominado de hackfeminista), o dos cuidados digitais, a partir da perspectiva feminista da ética do cuidado (Gilligan, 2013; Hirata e Debert, 2016), confrontando-a com os princípios da ética hacker (Levy, 1994; Himanen, 2001).
Abstract Based on a mapping of actions by feminist groups to enhance digital security, called "digital care", we analyze strategies that arise in response to algorithmic opacities and injustices, the lack of diversity in technological spaces and growing gender-based violence in digital environments. We discuss an aspect of this hacktivism (by those who call themselves hackfeminists), that of digital care, considering the perspective of the feminist ethics of care (Gilligan, 2013; Hirata and Debert, 2016), comparing this with the principles of hacker ethics (Levy, 1994; Himanen, 2001).