Resumo No universo da adaptação literária, a narrativa cinematográfica contemporânea cada vez mais ultrapassa a fronteira das relações entre as páginas de uma obra ficcional e as imagens de um filme. O cinema, tal qual o audiovisual que o cerca, constrói o seu discurso de modo convergente (JENKINS, 2006), buscando referenciais intertextuais e interdisciplinares (STAM, 2006). Neste processo outras formas de arte e escrita podem abrir as portas para uma linguagem experimental e independente, mas, esta estaria embasada de fato para uma investigação teórica e crítica? Na busca de uma resposta, ou ao menos um indício sobre esta questão, este estudo dialoga também com a crítica genética (SALLES, 2004), para analisar o filme Moonlight: Sob a luz do luar (Moonlight, 2016), adaptado da peça teatral In Moonlight Black Boys Look Blue (2003). Seu roteiro ao se distanciar do seu texto de origem, ressignifica o seu conteúdo, e desta forma, consegue construir a sua própria trama.
Abstract In the universe of literary adaptation, contemporary cinematic narrative increasingly crosses the boundary of relationships between the pages of a fictional work and the images of a film. The cinema, like the audiovisual that surrounds it, constructs its discourse in a convergence (JENKINS, 2006) way, seeking intertextual and interdisciplinary references (STAM, 2006). In this process other forms of art and writing may open the door to an experimental and independent language, but is this grounded in theoretical and critical inquiry? In search of an answer or at least a clue on this issue, this study also dialogues with genetic criticism (SALLES, 2004) to analyze the movie Moonlight (2016), adapted from the play In Moonlight Black Boys Look Blue (2003). Its script, when distancing itself from its original text, re-signifies its content, and in this way, manages to build its plot.
Resumen En el universo de la adaptación literaria, la narrativa cinematográfica contemporánea cruza cada vez más el límite de las relaciones entre las páginas de una obra de ficción y las imágenes de una película. El cine, como el audiovisual que lo rodea, construye su discurso de forma convergente (JENKINS, 2006) buscando referencias intertextuales e interdisciplinarias (STAM, 2006). En este proceso, otras formas de arte y escritura pueden abrir la puerta a un lenguaje experimental e independiente, pero ¿se basa esto realmente en una investigación teórica y crítica? En busca de una respuesta, o al menos una pista sobre esta pregunta, este estúdio también dialoga con la crítica genética (SALLES, 2004), para analizar la película Luz de Luna (Moonlight, 2016), adaptado de la obra teatral A la luz de la luna, los niños negros se ven azules (2003). Su guión, al distanciarse de su texto original, vuelve a significar su contenido y, por lo tanto, puede construir su propia trama.