Resumo Objetivo Avaliar a acurácia diagnóstica da elastografia para identificação do câncer de mama em pacientes com lesões indeterminadas por ultrassom. Métodos Estudo prospectivo, descritivo, com pacientes com lesões mamárias indeterminadas no ultrassom e indicação de biópsia percutânea ou cirúrgica. A elastografia foi avaliada por análise qualitativa e dois métodos de análise semiquantitativa. Resultados Avaliamos 125 pacientes do sexo feminino com 159 lesões, com média de idade de 47 anos, variando de 20 a 85 anos. O ultrassom mostrou ser um método com boa sensibilidade (98,1%), mas com menor especificidade (40,6%). Na elastografia da análise qualitativa, a especificidade e acurácia foram de 80,2% e 81,8%, respectivamente. A dimensão média das lesões não mostrou diferença na classificação por elastografia. Para a elastografia semiquantitativa, os valores médios das lesões malignas foram estatisticamente maiores quando comparados ao tecido subcutâneo ou fibroglandular adjacente. A análise das curvas ROC para estes dois métodos semiquantitativosmostrou que ambos são considerados satisfatórios, com área abaixo da curva acima de 0,75 e significância estatística (p < 0,0001). Osmelhores resultados foram obtidos com os achados de ultrassonografia combinada convencional e elastografia qualitativa, com sensibilidade de 100% e especificidade de 63,2%. Conclusões A elastografia pode ser um método complementar útil, aumentando a especificidade e a precisão diagnósticas do ultrassom convencional para o diagnóstico de câncer de mama em pacientes com lesões mamárias indeterminadas.
Abstract Objective To evaluate the diagnostic accuracy of elastography for breast cancer identification in patients with indeterminate lesions on ultrasound. Methods This prospective, descriptive study included patients with indeterminate breast lesions in the ultrasound and with indication for percutaneous or surgical biopsy. The elastography was evaluated by qualitative analysis and by two methods for the semi quantitative analysis. Results We evaluated 125 female patients with 159 lesions, with a mean age of 47 years, and a range of 20-85 years. Ultrasound has shown to be a method with good sensitivity (98.1%), but with a lower specificity (40.6%). On the elastography qualitative analysis, the specificity and accuracy were of 80.2% and 81.8% respectively. The mean size of the lesions showed no difference in classification by elastography. For the semiquantitative elastography, the mean values of the malignant lesions were statistically higher when compared with the subcutaneous tissue or the adjacent fibroglandular tissue. The analysis of the receiver operating characteristic (ROC) curves for these two semiquantitativemethods showed that both are considered satisfactory, with an area under the curve above 0.75 and statistical significance (p < 0.0001). The best results were obtained when using the findings of combined conventional ultrasound and qualitative elastography, with 100% sensitivity and 63.2% specificity. Conclusions Elastography can be a useful complementary method, increasing the specificity and diagnostic accuracy of conventional ultrasound for the diagnosis of breast cancer in patients with indeterminate breast lesions.